Folha de S. Paulo


Leitores comentam denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer

GOVERNO ENCURRALADO

Se realmente o poder emana do povo, cabe a nós agora acompanhar e anotar o nome de cada parlamentar (e de seu partido) que votar contra a abertura do processo. Afinal, as provas são irrefutáveis e o brasileiro trabalha muito para pagar impostos. Vamos anotar o nome dos infiéis do povo.

FRANCISCO MACIEL (Recife, PE)

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A votação no Congresso, com transmissão ao vivo, identificará aqueles que, num passado recente, votaram "contra a corrupção, pela família e por Deus". De que maneira esses valorosos defensores da ética e da moralidade se posicionarão agora?

GILMAIR RIBEIRO DA SILVA (Piracicaba, SP)

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O presidente falhou, e, se, o Congresso autorizar o recebimento da denúncia, vai se tornar réu, fato inédito em relação à autoridade máxima do país. Lamentável. Por outro lado, não é possível olvidar as benesses recebidas pelos empresários que, em razão da delação homologada e ratificada pelo STF, permanecerão livres e soltos.

NESTOR PEREIRA (Guarapari, ES)

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Pertinente o texto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A análise é rigorosa e bem respaldada na realidade; a conclusão é inescapável. Resta o problema do passivo do autor. Sua reeleição ainda é um fato mal resolvido e, mesmo considerando valoroso o seu segundo mandato, ele foi o resultado de uma quebra de contrato oriunda de relações de poder no mínimo duvidosas. Que FHC se explique, para além de qualquer dúvida, ou se redima das tentações da vaidade humana.

GUSTAVO A. J. AMARANTE (São Paulo, SP)

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Fernando Henrique Cardoso está certíssimo. Michel Temer não possui mais legitimidade nem credibilidade para governar o país. Sair seria mais que um gesto de grandeza, seria um ato de inteligência de sua parte.

JOSE WALTER MOTA MATOS (Pouso Alegre, MG)

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O ex-presidente FHC pede grandeza ao atual ocupante da Presidência do país. Dois fatos causam-me estranheza: primeiro, o de pedir grandeza a alguém que conspirou e traiu a presidente de quem foi vice. Segundo, como pode FHC, que por meio de métodos não ortodoxos mudou a Constituição do país, instituindo a fórmula da reeleição, pedir isso?!

JAYME KOPELMAN (São Paulo, SP)

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Apoio a eleição direta para presidente da República. O ex-presidente FHC fez um apelo para que Temer renuncie. A questão é que o Congresso não tem legitimidade para eleger um novo presidente, da mesma forma que não tem para votar reformas impopulares, como a trabalhista e a previdenciária. O povo —sociedade brasileira, trabalhadores— precisa ter a oportunidade de manifestar a sua vontade, pois está sendo excluído de todas as decisões que lhe dizem respeito e que afetam a sua vida.

LUIZ ANTONIO MEDEIROS, fundador da Força Sindical (São Paulo, SP)

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Concordo com o apelo do presidente Fernando Henrique Cardoso que, tal como tenho dito, propõe ao presidente Michel Temer que renuncie e lidere um processo de eleições diretas para presidente e de renovação do Congresso Nacional. Será um gesto de grandeza, que terá o apoio da maioria do povo. O presidente eleito diretamente terá condições de tornar realidade a renda básica de cidadania, tão importante quanto a abolição da escravidão e o sufrágio universal.

EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, vereador (PT-SP) (São Paulo, SP)

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Nicolau Maquiavel, no livro "O Príncipe", assevera que um governo só é viável pelo equilíbrio entre a "fortuna", ou seja, a circunstância conjuntural, que pode ser favorável ou não, e a "virtù", que é a assertividade do governante diante da "fortuna". O presidente Michel Temer, apesar da economia em frangalhos e das acusações de corrupção, mantém-se obcecado pelo poder, ignorando a lição do genial italiano, baluarte da ciência política. Lá da Florença medieval alguém brada: "Renuncie já, Temer!"

TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

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DATAFOLHA

Com base na pesquisa realizada pelo Datafolha sobre as intenções de voto para presidente em 2018, vemos que o eleitor brasileiro não tem noção nenhuma do que acontece no país. Vai ser difícil mudar os rumos do Brasil se não houver uma completa renovação da política brasileira. A pesquisa desanima quem gostaria de ver todos que estão aí defenestrados do poder.

CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

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Olhando a relação de candidatos, uma coisa é certa: o futuro é triste e caro.

JOSE PAULO BOGOSSIAN (São Paulo, SP)

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Se Lula vencer, a culpa será da direita. E, se a direita vencer, a culpa será do PT. Explica-se: a direita ataca Lula não por questões éticas (pois ela sempre foi corrupta), e sim por preconceito social e ódio ideológico, e confunde justiça com vingança, o que acaba fazendo com que Lula saia como vítima de perseguição. Já o PT sempre atacou a corrupção da direita, mas quando chegou ao poder aliou-se a parte dela e reproduziu suas práticas. Ou seja, o PT e a direita se alimentam um do outro.

HENRIQUE CAVALLEIRO (Brasília, DF)

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Irresponsabilidade muito grande dos grandes veículos de comunicação em divulgar pesquisas de intenção de voto quase um ano antes da eleição. É obvio que a população desempregada, que não possui mais auxílios do governo atual, quer Lula de volta. Mas será que ela sabe que o Brasil possuía uma reserva que foi exaurida durante seu mandato de oito anos? E que esse é o principal motivo de estarmos passando por este momento econômico lamentável?

RAFAELA ALVES F. DA SILVA (São Carlos, SP)

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UM MUNDO DE MUROS

Imagino que grande parte dos brasileiros já tinha uma certa noção do que acontecia, mas não sabia com tantos detalhes quanto a cobertura da Folha foi capaz de revelar que a demonização dos estrangeiros mexicanos nos EUA vem de outrora. A sombra da barreira que divide vidas e famílias: México, tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante.

GUILHERME RABELO (Curitiba, PR)

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CENTRO DE SÃO PAULO

Ótima a entrevista com o presidente da Porto Seguro, empresa que valoriza e investe no centro velho de São Paulo. Muito ajudaria se o governo do Estado abandonasse o gélido Morumbi e voltasse para o magnífico Palácio dos Campos Elíseos, sua sede até 1965.

JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)

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