Folha de S. Paulo


Michel Temer usa meio ambiente como moeda de troca, diz leitor

AMAZÔNIA

Michel Temer escancara sua pequenez ao fazer uso do meio ambiente como moeda de troca para barrar o impeachment. O vexame se completa com Sarney Filho afirmando que só Deus sabe se o Brasil vai conseguir reduzir o desmatamento. Absolutamente trágico.

PAULO BITTAR (São Paulo, SP)

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Em brilhante trabalho jornalístico, Fabiano Maisonnave expôs aos leitores da Folha as grandes manobras, em curso na cúpula do governo, para satisfazer as ambições inescrupulosas da bancada ruralista do Congresso, nas terras da floresta Jamanxim. Michel Temer, fingindo que é presidente e "protetor" da Amazônia, Rodrigo Maia, que se faz de tonto, e o ministro, verde só na gravata, protagonizam um espetáculo tão ridículo quanto falso em suas pérfidas representações burlescas, desmascaradas pela imprensa combativa.

PAULO SÉRGIO ARISI (Porto Alegre, RS)

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Ao aceitar a existência do Fundo Amazônia, o Estado brasileiro perdeu a soberania de decidir sobre os rumos da política ambiental, ficando sujeito a constrangimentos externos quando o Congresso aprova leis que não agradam aos patrocinadores do fundo. Cabe ao Executivo comprovar que aplicou com eficácia os recursos recebidos e ao patrocinador apenas se retirar caso não esteja satisfeito, jamais repreender o governo brasileiro. Afinal, como estão sendo empregados os recursos doados?

PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA, capitão de Mar e Guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)

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GLEISI HOFFMANN

A senadora Gleisi Hoffmann propõe a imediata convocação de eleições diretas para a Presidência da República. Se sua receita é tão boa, por que o PT a elegeu presidente em eleições indiretas?

ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF)

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A senadora Gleisi Hoffmann cumpre o seu dever de recém-empossada presidente do PT ao defender o seu partido, que começa a naufragar por rachas internos. É uma tarefa árdua essa de defender o indefensável. Basta uma análise desprovida de emoções para vermos que os problemas tiveram início em 2005, com o estouro do mensalão. O mérito histórico que podemos atribuir ao PT é o de ser o partido que institucionalizou a corrupção no país.

FRANCISCO MANOEL DE SOUZA BRAGA (Rio Claro, SP)

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Esperava o anúncio de uma bandeira que fosse além do "golpe" da oligarquia contra Dilma e da denúncia do projeto antipatriótico do PMDB. Bater nessa mesma tecla transmite a mensagem de que o petismo, frustrado pelos fracassos de seus abusos enquanto governo, está longe de encontrar o caminho que o levará, de fato, a reaver o seu lugar como "partido do povo brasileiro". É lamentável.

PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)

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EMAGRECEDORES

As alternativas aos emagrecedores são mais caras, fazendo antever a quem interessa a sua proibição. A partir da minha experiência, descobri que a proibição é fruto de uma ideologia de médicos de gabinete, que não trabalham no dia a dia com pacientes reais, mas estão preocupados com notoriedade e reconhecimento de órgãos internacionais. A decisão de usar um medicamento deve dar-se entre médico e paciente. Não preciso de babás dizendo o que é bom ou ruim para minha vida.

MÁRCIO SILVA (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Meus cumprimentos a Reinaldo Azevedo pelo artigo "Haverá um governo mais autoritário do que esse", prevendo que a força política que substituir Temer terá disponível um "incrível arsenal de excepcionalidades para usar contra os adversários". Creio que ele acerte, uma vez mais, em seu arguto vaticínio, assim como acertou quando previu que Rodrigo Janot iria absolver moralmente o PT. Foi reconfortante ler um texto assim, após a quase indigestão causada pelo mistifório delirante da senadora Gleisi Hoffmann. O cinismo de alguns políticos ultrapassa os limites do inverossímil.

NEWTON DE LUCCA (São Paulo, SP)

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Reinaldo Azevedo constantemente critica a competência constitucional do STF para interpretar as leis. A interpretação literal de uma norma, de acordo com a doutrina e com a jurisprudência, é a forma mais pobre de estudar a hermenêutica jurídica. As leis devem caminhar junto aos anseios e à evolução da sociedade para evitar o risco de se tornarem letras mortas. É a sociedade que direciona os sentidos das leis, não o contrário.

ALEXANDRE SANTOS GONÇALVES (São Paulo, SP)

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O ex-ministro Nelson Barbosa, no seu artigo "O Brasil de hoje precisa de um Estado melhor, não necessariamente menor", defende um Estado grande para atender às demandas da sociedade, mas em nenhum momento considera o aumento da produtividade como forma de atingir os mesmos resultados, com Estado e custos menores.

ALEXANDER STRUM, engenheiro (São Paulo, SP)

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Em sua coluna "Amor e batatas", Ricardo Araújo Pereira escreveu verdadeiro poema às avós. Parabéns ao colunista!

ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)

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CINEMA

O filme francês "Na Vertical", de Alain Guiraudie, é simplesmente grotesco. Um show de horrores e aberrações. Dificilmente o espectador terá estômago para chegar até o final sem sair da sessão. Apesar disso, Sérgio Alpendre deu três estrelas ao filme e ainda o chamou de "corajoso", induzindo os desavisados leitores em erro. Lamentável.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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