Folha de S. Paulo


Leitor questiona escolha de foto de black bloc para ilustrar manchete sobre greve

GREVE GERAL

A questão não é ser contra ou a favor da greve, mas me causou estranheza a cobertura da Folha. As fotos da Primeira Página (29/4) parecem escolhidas a dedo para dar ênfase a um black bloc. Até entendo que o diário seja favorável às reformas, mas manipular o leitor não é honesto.

ANA CLAUDIA G. GALRÃO (São João del-Rei, MG)

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São uma grande vergonha para o país as manifestações violentas, as cenas de vandalismo com queima de pneus e ônibus, e o bloqueio de avenidas. Os manifestantes, assim agindo, perderam todo e qualquer respeito da população, demonstrando total descaso com regras de civilidade e democracia. Que se imputem à CUT e demais organizadores os prejuízos advindos de tamanha barbárie.

TOYOMI ARAKI (São Paulo, SP)

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Ao dizer-se contrário à greve geral que contou com forte adesão dos professores da rede privada de ensino, Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, ofende toda a categoria docente, chamando-os de baderneiros, vândalos e irresponsáveis ("Reformas, necessidade imperiosa", Tendências/Debates, 28/4). A desqualificação do interlocutor enfraquece o debate.

SÔNIA MARIA BARREIRA (São Paulo, SP)

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Concordo que uma greve, para ser geral, deva ser feita em um dia normal de trabalho. No entanto, o sucesso da mesma depende da confiabilidade dos organizadores e de uma lista de objetivos sustentáveis. O que vimos na sexta-feira foi uma repressão aos que queriam trabalhar, além de uma total indefinição sobre a melhor resposta a dar às reformas propostas.

OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Creio que todos seriam a favor da reforma da Previdência se esta atingisse a todos, sem deixar de fora militares e parlamentares. Do modo que está, a reforma é um tapa na cara de nossa sociedade.

GILBERTO ÁLVARES GIUSEPONE (São Paulo, SP)

Que o Brasil precisa de reformas, não resta dúvida. Mas um governo querer enfiar goela abaixo dos cidadãos reformas importantes como a trabalhista e a da Previdência,pressionando e ameaçando o Congresso, fazendo barganhas obscenas para conseguir implementá-las, é autoritarismo da pior qualidade.

MARIA HELENA RABELO CAMPOS (Nova Lima, MG)

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SALÁRIOS DO JUDICIÁRIO

É inaceitável que 70% dos juízes do TJ-SP ganhem mais do que R$ 33,7 mil mensais ("70% de juízes do TJ de São Paulo recebem além do teto", "Poder", 29/4). O Judiciário deveria ser o primeiro a dar o exemplo e a cumprir as leis e a Constituição Federal. O corporativismo é uma verdadeira praga. Nosso Judiciário é o mais caro do mundo, consumindo 1,8% do PIB.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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SOLTURA DE EIKE BATISTA

O Brasil não vai sair do atoleiro em que está se o Judiciário não começar a funcionar minimamente. Não é possível que a polícia e a Promotoria desmantelem as quadrilhas criminosas que estão roubando o país, e o Judiciário seja incapaz de julgar qualquer coisa e tenha que soltar os criminosos presos preventiva ou provisoriamente ("Ministro do STF manda soltar Eike Batista", "Poder", 29/4).
Ninguém quer ver pessoas presas preventivamente por tempo indeterminado, mas não se pode tolerar que presos sejam libertados por falta de julgamento.

MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Concordo com Claudia Costin ("Novos líderes", "Opinião", 28/4). Precisamos incentivar e preparar novos líderes que realmente pensem no Brasil como um todo. É eufemismo dizer que o nosso Congresso tem imperfeições! Precisamos trabalhar para moralizá-lo.

MARIZA BACCI ZAGO (Atibaia, SP)

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Sobre a coluna de Vladimir Safatle ("Quando é hora de parar", "Ilustrada", 28/4), digo que o povo não é estúpido e faz, acertadamente, uma péssima avaliação do atual governo. O povo que, também acertadamente, rejeitou o péssimo governo Dilma não é burro.

MARIA CECÍLIA DE ARRUDA NAVARRO (Bauru, SP)

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Ao condenar in limine as práticas integrativas (não alternativas) na medicina, Hélio Schwartsman se esqueceu de incluir a própria relação médico-paciente, que atua como placebo ("SUS dá banana para a ciência", "Opinião", 26/4). A realidade tecnológica indica que, em poucos anos, os médicos humanos poderão ser substituídos por médicos robôs, como o dr. Adam, que já existe e pode fazer diagnósticos e propor terapêuticas sem intervenção humana.

ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF)

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OMBUDSMAN

Parabéns pelarenovação do mandato de Paula Cesarino Costa. Excelente o seu trabalho, com críticas construtivas e amplo descortino de qualquer nova situação. Como estamos no Ano Internacional da Mulher, fica aqui uma sugestão: por que não substituir o nome atual do cargo pela sua versão feminina, em sueco, ombudskvinna? Pensem no assunto, senhoras e senhores da Redação.

CARL J. G. SCHULTZE (São Paulo, SP)

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