Folha de S. Paulo


Única solução para bancos públicos é a privatização, diz leitor

BANCO DO BRASIL

Excelente e oportuna a reportagem "Folha antecipou resultado de licitação do Banco do Brasil", mostrando que os malfeitos continuam em nosso país. Faltou, porém, identificar quem são aqueles que se beneficiariam com o possível direcionamento de concorrência de tamanha magnitude. O Banco do Brasil só tem uma solução: a mesma que foi dada ao Banespa, Banerj e Bemge, ou seja, sua privatização.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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A possível licitação de cartas marcadas do Banco do Brasil mostra que a corrupção não se restringe às construtoras. O grosso do gasto é com custeio da máquina pública. O país está podre e não se vê reação da sociedade, mesmo quando direitos históricos são destruídos por políticos delatados por corrupção, esta sim a grande responsável pelo rombo das contas públicas. Só reagiremos quando o pato amarelo nos chamar? Sinto muito, mas ele também foi delatado e apoia todas essas reformas.

CRISTIANO PENHA (Campinas, SP)

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Todo o escândalo da Operação Lava Jato mais o resultado da licitação fajuta da conta de publicidade do Banco do Brasil indicam a irrelevância da Lei de Licitações. Pode-se examinar com microscópio o papelório e estará tudo perfeitamente na forma da lei 8.666/93.

CLARILTON RIBAS, professor da UFSC (Florianópolis, SC)

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DELAÇÃO DA ODEBRECHT

Emílio Odebrecht comprou políticos, agentes públicos, medidas provisórias, diretorias de estatais, policiamento em canteiros de obras, movimentos sindicais, índios e até uma parte da imprensa. As suas atitudes se assemelham às de Luís 14, o maior entre os reis absolutistas da França. O empresário é o rei sol do século 21 da República brasileira.

LUIZ FELIPE SCHITTINI (Rio de Janeiro, RJ)

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O Congresso Nacional deve alterar imediatamente os prazos prescricionais previstos no Código Penal, bem como abolir de vez a teratológica prescrição retroativa, que só existe no Brasil. Os ditos prazos são de 1940, quando a sociedade e o número de crimes eram demasiadamente menores. Do jeito que está, assistiremos a um festival de prescrições e impunidades ao final da Operação Lava Jato, depois do árduo trabalho que está sendo realizado.

AMELETO MASINI, professor de direito penal (São Paulo, SP)

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SINDICATOS

Contribuição sindical compulsória é financiamento de pelego. É preciso acabar com a cultura nacional de apropriação de recursos da população sem prestação de contas e sem nenhuma transparência. Excelentes pontos colocados pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) em seu artigo à Folha.

BRUNO ALVES (São Paulo, SP)

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ASSALTO NO PARAGUAI

Há uma maneira extremamente segura para extinguir o grupo terrorista Estado Islâmico. Não serão os Estados Unidos com a "mãe de todas suas bombas", a Rússia com bomba idêntica, mas que diz ser mais forte, nem mesmo a Coreia do Norte, que tanto alarde faz da potência de seus mísseis atômicos. Basta que o ataque seja perpetrado e feito pelo PCC, com sua estratégia e poder bélico. Não sobrará um só terrorista para contar a história.

PAULO GUIDA (São Paulo, SP)

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CORRIDAS DE RUA

Sobre "Guerra aos pipocas", vejo que a justificativa dos entrevistados é que a empresa cobra caro. A preocupação não é com o devido respeito àqueles que pagam. Para correr sem pagar, não é preciso participar da prova, basta um tênis. Eu prefiro pagar para ter a infraestrutura necessária e, no final, a medalha por cumprir mais uma prova. Que me desculpem os pipocas, mas respeito é fundamental.

VALTER FRANCISCO ANGELO (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Sobre a coluna de Mauricio Stycer, respeitado historiador e ótimo comunicador, Marco Antonio Villa é presença imprescindível em qualquer debate que se proponha a esclarecer o momento político atual.

SANDRA MARIA HAMMEN (São Paulo, SP)

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Não entendi o posicionamento da TV Cultura ao afirmar que o jornalismo público não deve servir de "tribuna para a divulgação de ofensas, denuncismos e discursos de ódio". A verdade deve ser dita nua e crua —é o que faz Marco Antonio Villa. É claro que sua ironia, seu conhecimento e sua sinceridade surpreendem as pessoas citadas e seus simpatizantes. Uma das causas de o nosso país estar nessa situação é a nossa hipocrisia.

MICHEL A. KHOURI (Curitiba, PR)

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Nabil Bonduki faz uma análise parcial e ignora inegáveis avanços para reduzir a gestão Kassab e fazer ilações levianas. Esquece que o paradigma da gestão Haddad foi o do "não fazer": não fez muito pela saúde, pela educação, pela mobilidade, pela cultura, pela habitação ou pela assistência social. Inexplicavelmente, interrompeu programas da nossa gestão voltados à população carente. Seu arco de projetos eleitoreiros ficou no papel. O eleitorado paulistano tratou de, sabiamente, quebrar logo esse paradigma.

ANDREA MATARAZZO (São Paulo, SP)

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ALESP

Sobre "Rito mais ágil da Assembleia de SP resulta em atropelo", a proposta não reduzirá discussões. Se aprovado, o novo regimento fragmentará a fala de 15 minutos em três intervalos de cinco. A contagem de prazos estará atrelada às sessões ordinárias, não às comissões. Por fim, o texto diz que "a mudança sugere trocar o tempo de discussão em comissões de dias (20, no máximo) para sessões (30)". Na verdade, o prazo atual para cada comissão manifestar-se sobre projeto em tramitação ordinária é de 30 dias.

RODRIGO DEL NERO, secretário-geral parlamentar da Alesp (São Paulo, SP)

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RESPOSTA DA JORNALISTA GABRIELA SÁ PESSOA - A proposta fala expressamente em "diminuição dos prazos de discussão de projetos". A primeira frase da reportagem expõe a posição do presidente da Casa, de que pretende tornar o rito "dinâmico". Sobre o prazo atual de discussão, leia a seção "Erramos".

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