Folha de S. Paulo


'Vai ser difícil pôr todos os corruptos na cadeia', diz leitor

LISTA DE FACHIN

A julgar pelas amostras, vai ser difícil meter todos os corruptos na cadeia. Registro de telefonemas, planilhas, codinomes e depósitos em nome de outros reforçam as acusações, mas não garantem punição. Espero que as urnas façam isso.

MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG)

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Se a Odebrecht vem mandando no Brasil nestes anos todos, que papel representamos os brasileiros de boa-fé ao comparecer às urnas para eleger os títeres dessa malfadada empresa, cujos mandachuvas revelam nas delações, com naturalidade, entre sorrisos cínicos, a existência de um departamento de propina para comprar até a alma dos corruptos?

JOAQUIM QUINTINO FILHO (Pirassununga, SP)

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Não há nada que contribua mais para impunidade neste país do que o foro privilegiado. Afinal, os processos levam décadas. O Brasil tem duas possíveis saídas: acabar com o foro privilegiado e não reeleger os políticos corruptos.

JORGE A. NURKIN (São Paulo, SP)

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Feliz a ombudsman ao comparar o volume de 400 gigabytes de arquivos do processo da "delação do fim do mundo" às obras de Dostoiévski e Shakespeare. Faltou, na conclusão da abordagem, citar, além de "crime, castigo, vilania e poder", a sem-vergonhice.

ALUÍSIO DOBES (Florianópolis, SC)

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Cada tostão faz falta, mas no bolso do trabalhador brasileiro. Para encher o cofre da Previdência, o governo deve cobrar as dívidas dos bancos, das empreiteiras e dos corruptos. O que mais nos enfurece é que os governos buscam a solução mais fácil, enfiando mais uma vez a mão no bolso do povo.

CREUSA COLAÇO MONTE ALEGRE (São Paulo, SP)

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DESEMPREGO

O que deveria interessar aos brasileiros é a volta dos negócios, para que as empresas parassem de fechar e o desemprego diminuísse. O resto é com a polícia e com a Justiça. Nosso país virou uma arena, ou melhor, um "pega para capar" com torcida organizada. No final das contas, como sempre, quem acabará perdendo será a torcida.

JOSÉ DIEGUEZ (São Carlos, SP)

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MINHOCÃO

Doria não causou perplexidade ao anuncia que "neste momento" vai manter o famigerado Minhocão, monumento de feiura imposto à população e que gerou uma série de problemas de saúde, segurança e invasão de privacidade aos moradores e detonou o comércio local? Qual o custo deste anunciado "corredor verde" que Haddad queria fazer e Doria quer executar? Quem arcará com as despesas?

FRANCISCO MACHADO, diretor de imprensa do Movimento Desmonte Minhocão (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Marcos Lisboa faz referência à presença da política na economia, tendo em vista as revelações da Lava Jato. Seria demais esperar que economistas como ele levassem em conta a natureza social da economia ou a sociedade como instituição e considerassem seriamente a posição da política e do Estado na realidade, não deixando de incluir em seus modelos a corrupção e a ação dos políticos? Concretamente: na quebra do Estado do Rio, os bilhões revelados pela Lava Jato não contam nada, direta e indiretamente?

JÚLIO F. DE OLIVEIRA (Belo Horizonte, MG)

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Janio de Freitas diz que "a possibilidade real de mudança [...] exige esforço e civismo de que a classe dominante brasileira nunca se mostrou ser capaz". Discordo do colunista, pois nossa classe dominante é supercapaz e tem tido muito sucesso em manter tudo como está, seguindo a orquestra, indiferente e tranquila, enquanto o Titanic, com todos nós, afunda.

BEATRIZ GOULART, arquiteta-urbanista (São Paulo,SP)

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SEGURANÇA EM ISRAEL

Na reportagem "Jerusalém redobra segurança antes de "superpáscoa", faltou informar quanto Israel irá gastar para reforçar a segurança diante da sempre iminente ameaça terrorista em seu Estado. Dinheiro, aliás, que poderia ser muito melhor investido não fossem as reiteradas tentativas de eliminá-lo do mapa.

HELENA KESSEL (Curitiba, PR)

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RELIGIÃO

Mais uma obra para contestar a existência física de mitos religiosos, provando que ter convicções, e não provas, impera em nossa história há muito tempo.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)

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TRANSPORTE PÚBLICO

O tempo que um país sério leva para construir uma linha de metrô é menor do que o tempo que os corruptos levam para calcular o valor da propina que irão exigir por uma obra no Brasil. Até que se conclua um projeto e se construa alguma coisa, a tecnologia já evoluiu duas gerações e o sistema todo se tornou completamente obsoleto. Brasil, um país totalmente travado pela burocracia e pela corrupção.

GENILDO BORBA (Aracaju, SE)

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A linha 6-laranja de Metrô foi suspensa em setembro de 2016 pela falta de liberação de empréstimo à concessionária para continuidade dos trabalhos. Desde então, o Governo do Estado de São Paulo atua intensamente para retomar essa importante obra. Enquanto tenta liberar os recursos junto ao BNDES, o governo notificou a concessionária para que retome as atividades sob pena de multas e penalidades. Não há pendências do governo de São Paulo que impeçam a retomada das obras.

CARLOS ALBERTO SILVA, assessor de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)

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