Folha de S. Paulo


Não há por que gastar tanta verba pública com eleição, diz leitor

Ricardo Borges-29.mar.2017/Folhapress
Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, chega em sua casa no Leblon (Rio), onde cumpre prisão domiciliar

FINANCIAMENTO ELEITORAL

Não existe justificativa para um gasto deste nível com os partidos políticos e o sistema eleitoral ("Câmara aumentará verbas públicas para campanhas, "Poder", 2/4). À nossa revelia, teremos que pagar por tudo o que os partidos se acostumaram a roubar. Política se faz com ideias e propostas. Esse dinheiro todo só desvirtua a política. Servirá para, das mais diversas maneiras, comprar voto -e voto não se compra, se conquista.

GENILDO BORBA (Aracaju, SE)

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Após a adoção do teto no Orçamento da União, é inadmissível que se utilizem recursos públicos na propaganda política visando as eleições. O correto seria criar um fundo partidário para as despesas de campanha, cuja recomposição ficaria a cargo dos candidatos eleitos, por um sistema de rateio.

GIOVANI COMPAGNO (Ribeirão Preto, SP)

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VOTO EM LISTA FECHADA

Concordo com a visão do senador Randolfe Rodrigues ("Voto em lista fechada seria solução para crise política brasileira? Não, "Tendências/Debates", 1º/4). A lista fechada vai auxiliar os caciques dos partidos e quem eles listarem. Isso não permitirá ao eleitor fazer sua escolha e só ajudará a reeleger deputados. Não teremos chance de mudar o Congresso.

MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP)

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A adoção do sistema de lista fechada para as eleições legislativas seria bem aceita por grande parte da sociedade se ficasse determinado que os políticos que exercem mandatos atualmente (ou já exerceram em outras oportunidades) fossem para o final da referida lista, caso desejassem concorrer novamente.

ROBERTO FISSMER (Porto Alegre, RS)

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TRIBUNAIS DE CONTAS

É lamentável vermos os tribunais de contas de todo o país envolvidos em escândalos ("Delator diz que propina ao TCE do Rio foi discutida em jantar com Pezão, "Poder", 31/3). Todos possuem corpo técnico da melhor qualidade, apuram corretamente desvios de conduta e até roubos praticados pelas administrações públicas. Infelizmente, são dirigidos por ex-políticos indicados por governadores e/ou prefeitos e suas análises dependem de câmaras e assembleias legislativas. É urgente que se aprove um projeto que faça com que tenham autonomia.

IRIA DE SÁ DODDE (Rio de Janeiro, RJ)

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PRISÃO DOMICILIAR

Em artigo, Alberto Zacharias Toron defende o encaminhamento à prisão domiciliar de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral ("Linchamento popular e julgamento judicial, "Tendências/Debates", 2/4). Ressalta que os juízes envolvidos no processo merecem respeito a suas decisões. Apenas gostaria de salientar que, apenas no Rio, existem mais de 300 mulheres nas mesmas condições que Adriana: na prisão e com filhos menores de idade. A população anseia por coerência.

ARMANDO FRANCISCO MARENGO (São Paulo, SP)

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DORIA

A carta de João Doria publicada ontem confirma o conteúdo de minha coluna publicada anteontem ("Aventura, "Opinião", 1º/4). O referido prefeito não tem substância democrática para postular a Presidência da República. A não ser em contexto autoritário.

ANDRÉ SINGER, cientista político (São Paulo, SP)

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A forma como Doria se dirigiu a Singer só foi publicada porque se trata do prefeito. Leitores comuns não teriam cartas como essa publicadas. Começou bem o novo projeto editorial.

LUIZ GORNSTEIN (São Paulo, SP)

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O prefeito João Doria deveria convidar todos os políticos de nosso país para palestras sobre gestão profissional, planejamento e responsabilidade com dinheiro público. Poderia, inclusive, estimulá-los a irem às ruas para conhecer e conversar com a população.

CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

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Uma crítica política deve ser respondida com argumentos políticos. Se o prefeito não possui essa capacidade, que se mantenha calado, sob pena de destruir todo o esforço de seus marqueteiros em erguer a imagem de um homem capaz e confiável.

MARTHA TANIZAKI (São Paulo, SP)

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ILUSTRÍSSIMA

Poucas vezes li tantas besteiras por frase quanto no artigo "Inteligência artificial pode trazer desemprego e fim da privacidade ("Ilustríssima", 2/4). Se realmente o cenário apocalíptico se concretizar, em vez de escrever livros futuristas mirabolantes ou criar mais agências reguladoras às custas dos contribuintes, basta fazer o que sempre funciona: a simplicidade. É só cortar o fornecimento de energia das tais supermáquinas.

GILBERTO BARACAT JÚNIOR (Araçatuba, SP)

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COLUNISTAS

Espetacular a coluna de Clóvis Rossi em "Mundo" ("O Brasil apodreceu, 2/4). O articulista resume de forma espetacular o Brasil de hoje. Tomara que outros sigam a mesma linha e consigamos criar um embrião de reivindicações de verdadeiras mudanças.

FRANCISCO ERNESTO DA SILVA (São Paulo, SP)

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Lamentável que, após a apresentação do novo Projeto Editorial da Folha, tenhamos de aturar o radical Janio de Freitas com suas opiniões sobre o governo Temer e nada dizendo, como sempre, sobre a roubalheira do PT em 13 anos.

RUI VERSIANI (São Paulo, SP)

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Ruy Castro nos brinda com mais uma deliciosa crônica ("Além do saiote, "Opinião", 1º/4), na qual desfila as contribuições escocesas à humanidade. Não fossem elas suficientes para justificar a leitura, ele nos informa que as retirou de um "Almanaque Capivarol", provavelmente uma relíquia dos tempos da Guerra Fria que ele conserva.

ANTONIO PEDRO DA SILVA NETO (São Paulo, SP)

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