Folha de S. Paulo


'O empresário altera o produto, mas é a PF que está errada', ironiza leitor

OPERAÇÃO CARNE FRACA

O empresário inescrupuloso adultera o produto, o funcionário público corrupto recebe propina para não fiscalizar, o político aproveitador recebe dinheiro por fora, mas errada está a Polícia Federal que apura e divulga. Este Brasil não tem jeito mesmo!

ROBERTO SCHWEITZER (Florianópolis, SC)

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Não podemos generalizar que as carnes advindas de frigoríficos são impróprias para consumo. Seria uma postura irresponsável. No entanto notícias de que alguns frigoríficos conseguiram licença de funcionamento e liberação de produto impróprio mediante pagamento de propina devem sim ser divulgadas à exaustão, e os envolvidos devem ser punidos exemplarmente, nem que isso custe o fechamento do estabelecimento.

OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)

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A corrupção de renomados empreiteiros brasileiros diminuiu o conceito do Brasil na área da construção. E eis que surge uma situação inaceitável, com a descoberta de esquemas de empresários de alimentos, que usavam a conivência de alguns fiscais federais para facilitar a liberação de seus produtos. A reação no mercado internacional é a pior possível, fora os riscos para o consumo interno. É lamentável.

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Grato que sou à Folha pela sua postura não sectária, surpreendeu-me a seleção das mensagens divulgadas pelo Painel do Leitor. Dessa vez, nós, brasileiros, atiramos nos nossos próprios pés. Houve generalização, no mínimo descuidada, em relação à pecuária brasileira. O produto brasileiro é bom!

OVÍDIO CARLOS DE BRITO (São Paulo, SP)

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Diante das descobertas da Polícia Federal na Operação Carne Fraca, não há como discordar: "agro é tudo". Ganância sem limites e desrespeito total e impune aos direitos do consumidor. Até quando?

HILTON JORGE VALENTE (São Paulo, SP)

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LULA E O VELHO CHICO

A campanha presidencial de Lula, iniciada ao arrepio da lei eleitoral, é, antes de tudo, uma campanha para difamar, desmoralizar e desrespeitar de maneira acintosa o Judiciário, porque seu principal mote é desmerecer, a priori, qualquer sentença condenatória que venha a recair sobre o candidato.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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As fotos estampadas na primeira página da Folha (20/3) falam por si sós. Enquanto Temer quer convencer o Brasil e o mundo de que a nossa carne é pura, Lula e Dilma querem convencer o povo de que fizeram o milagre da transposição do rio São Francisco. Lá e cá, a mesma desfaçatez. A direita engravatada e o populismo desbragado se mostram com toda a nitidez.

GÉSNER BATISTA (Rio Claro, SP)

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Espero que o Velho Chico não tenha o mesmo fim dos rios que serpenteiam São Paulo. Aqui, nossos representantes um dia também brincaram de deuses e alteraram o curso das águas. Perdemos o verde, o azul ficou mais cinza, sumiram os peixes e a cidade virou sertão.

RENATA D'ANGELO (São Paulo, SP)

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SAÚDE

As normas da ANS para passar ao cliente parte dos custos dos planos de saúde correm o risco de se basear em números, não na realidade. Hospitais privados premiam médicos pelo volume de exames, cirurgias e internações. Quanto mais procedimentos, mais pontos ganham —e mais os clientes dos planos pagarão. Também considero indispensável que a adesão dos clientes seja opcional.

VALDIR SANCHES (Guarulhos, SP)

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Ao defender a terceirização do trabalho médico, Francisco Balestrin não leva em conta que o afrouxamento do vínculo médico-empregador se reflete obrigatoriamente na relação médico-paciente. Um médico respeitado em seus direitos tem mais condições de atender melhor seus pacientes, com mais escuta e menos exames desnecessários.

JOSÉ MARCOS THALENBERG, médico (São Paulo, SP)

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ROGER FEDERER

Lamentável a Folha destinar apenas algumas poucas linhas para mais um incrível feito do tenista Roger Federer, inegavelmente o maior esportista do início deste século, igualável a outras lendas do passado como Pelé, Michael Jordan e Muhammad Ali.

CARLOS CARMELO BALARÓ (São Paulo, SP)

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MINHOCÃO

Na tentativa de restringir o uso do Minhocão para o lazer, o promotor alega que a altura do guarda-corpo é insegura, argumento cuja falácia é demonstrada por três décadas de uso seguro. Quanto a reduzir roubos, patrulhamento com bicicleta seria bem mais eficaz. Caso o interesse real fosse minimizar o incômodo, a colocação de cerca verde e a redução da circulação de carros fariam mais sentido. Cercear o uso somente diminuirá a ocupação recreativa, abrindo espaço para delinquência.

DAVI DE LACERDA (São Paulo, SP)

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O Movimento Desmonte Minhocão e o Conselho de Segurança de Santa Cecília consideram oportuna e prudente a iniciativa da Subprefeitura da Sé, em consonância com as recomendações da PM, dos Bombeiros e do promotor César Martins, de estabelecer portões e horários ordenativos, devido à falta de segurança aos usuários e incomodidade insuportável causada aos moradores.

FRANCISCO G. MACHADO, diretor de imprensa do Movimento Desmonte Minhocão (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Sobre "Bela, recatada e em prisão domiciliar", de Alessandra Orofino: pelo direito de ser mãe para as mulheres pobres, humildes e sem defesa. Quantas estão longe de seus filhos! Abandonadas pela sociedade, anônimas, execradas pela condição desumana que as levará ao desatino. Quanta injustiça, desigualdade, inferioridade. Será que um dia vamos ter os mesmos direitos?

TEREZINHA DIAS ROCHA (São Paulo, SP)

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