Folha de S. Paulo


Leitoras criticam declaração de Michel Temer sobre papel da mulher

DIA DA MULHER

Entendo que Temer seja anacrônico, mas sua percepção sobre a mulher é completamente deslocada e empobrecida. Sua visão parcial e alienada justifica esse Congresso misógino e atrasado. Nosso presidente perdeu a chance de ficar calado no dia em que as mulheres não devem ser louvadas, mas objeto da exposição de uma questão de Estado que Temer ainda nem sequer consegue entender. Lamentável!

GLÁUCIA C. DE CASTRO PIMENTEL (São Paulo, SP)

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Temer escancarou a sua cultura patriarcal. Foi tremendamente infeliz ao tentar valorizar as mulheres pela via dos serviços domésticos. Tanto machismo explícito só pode desembocar nas constantes tentativas de subtrair os direitos femininos e na ousadia de impedir que outros avanços sejam consumados. Quer algo mais simbólico do que o resgate da figura decorativa da primeira-dama?

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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Patética a declaração de Temer. É a perfeita tradução do atraso em que estamos sendo atirados.

AUDICÉA RODRIGUES DE SOUZA (Olinda, PE)

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Parabéns à primeira mulher a dirigir a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Concordo que é muito importante relatar que o pai dela não teve oportunidade de estudar, talvez devido à necessidade de trabalhar desde cedo, mas ele certamente incentivou os filhos, pois sabe o valor de um diploma.

MARINA GUTIERREZ (Sertãozinho, SP)

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Como as feministas têm um papel relevante na luta contra o patriarcado e o machismo, elas são vistas com desconforto por aqueles que não desejam mudanças, como, por exemplo, Leandro Narloch, autor do texto "O feminismo é importante demais para ficar na mão das feministas". Texto esse que desqualifica as lutas feministas. O feminismo deveria ficar nas mãos dos machistas? Piada!

BEATRIZ REGINA ALVARES (São Paulo, SP)

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No Dia da Mulher, a home da Folha destaca textos de dois homens (José Simão e Narloch). Para piorar, este último conclama as "mulheres de verdade" em detrimento daquelas que se identificam como feministas. Que vergonha! Até quando o jornal vai se esconder sob o manto da "pluralidade" para dar espaço a opiniões retrógradas e agressivas? A intenção é conquistar novos leitores, ficar bem com a "alt-right brasileira"? Lamento informar, mas esse grupo é muito mais adepto dos "fatos alternativos" que da imprensa séria.

RICARDO GONÇALVES DE SALES (São Paulo, SP)

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Parabéns para a "Ilustrada" pela belíssima reportagem sobre mulheres compositoras, sob o título "Inauditas" (8/3). Valeu a Folha deste dia.

NELI A. DE FARIA, advogada (São Paulo, SP)

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Vanessa Grazziotin exorta com propriedade as mulheres a se conscientizarem para a luta contra a desigualdade e contra o machismo, além de chamar a atenção para descaso deste governo em relação à retirada de direitos na esfera social. Parabéns, senadora.

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

É no mínimo vergonhoso ouvir de políticos que existe uma distinção entre o caixa dois usado para abastecer campanhas eleitorais e a corrupção para enriquecimento. Crime é crime, não interessam os motivos ou o destino do dinheiro. Sem falar que seria muito difícil encontrar as provas que determinassem o que é um ou outro caso. Para mim, parece o velho ditado do "sujo falando do mal-lavado". Triste!

RENATA A. M. DE OLIVEIRA (Guaratinguetá, SP)

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Ex-funcionário da Odebrecht informa que a construtora distribuiu bilhões em propina entre 2006 e 2014. Depois nos queixamos da violência. Boa parte dela vem dessa sangria. Educação, saúde, civilidade precisam de investimento. Que a Lava Jato lave toda a corrupção para não ficarmos enxugando sangue como quem enxuga gelo por este Brasil afora.

JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

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Verdade dura que, à esquerda e à direita, poucos terão coragem de admitir: Moro e a força-tarefa da Lava Jato são mais culpados pela queda vertiginosa do PIB do que a notória incompetência de Temer e sua equipe econômica. Nada a estranhar, a Mãos Limpas provocou o mesmo desastre na Itália. E lá, como cá, não contribuiu em nada para a moralização da política.

SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)

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REFORMAS

É incrível que, depois de criarem uma crise bíblica, pior que o crash de 1929, esses economistas tagarelem que, "sem reformas, capacidade de recuperação é limitada". Ilimitada é a capacidade de dizerem asneiras, porque foi esse arrocho sem tamanho e tarifaço nas contas públicas que jogaram o Brasil no desespero. Proponho que as reformas comecem no caderno "Mercado".

LUIS F. ARMIDORO RAFAEL (São Paulo, SP)

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A reforma previdenciária é algo que vai contra as diretrizes de acesso a benefícios e garantias sociais aos cidadãos trabalhadores. Muitos políticos estão aposentados com supersalários. Isso é fato! Por que não reformam esse tipo de vergonha nacional? O governo Temer vai entrar para a história como aquele que destituiu direitos e fez reformas que pioraram a vida do brasileiro!

CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)

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A sucessão de escândalos não deve parar as reformas e ajustes necessários à economia do país, mas mostra-nos com muita clareza que a mais importante e urgente reforma a ser implementada é a política. Não adianta impor sacrifícios ao povo enquanto políticos corruptos navegam em águas calmas do foro privilegiado e na preguiça do STF em julgá-los.

CELSO FREITAS (Niterói, RJ)

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