Folha de S. Paulo


Se Moraes tivesse hombridade, recusaria indicação ao STF, diz leitor

MORAES NO STF

"Em tese de doutorado [...], ele defendeu que fossem impedidos de assumir a vaga no STF os que exercem cargos de confiança durante o mandato do presidente da República em exercício". Se o ministro da Justiça tivesse o mínimo de hombridade, declinaria da indicação. Qual a credibilidade que podemos conferir a uma decisão proferida por uma pessoa que diz uma coisa e faz exatamente o contrário?

TSUNETO SASSAKI (São Paulo, SP)

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É natural que ocorra o desgaste do governo em relação à indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, afinal parece caracterizar um irremediável conflito de interesses, por razões de domínio público. O que não é natural é não haver na governança do Planalto a exigência de um período de carência de algo como um ano nas indicações para cargos e funções, necessário à transparência, exatamente para evitar desgastes e desconfianças.

JOÃO C. ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Não entendo por que tanto esperneio em relação à indicação de Alexandre de Moraes para o STF. Esqueceram-se de Dias Toffoli e de Ricardo Lewandowski? O primeiro era advogado do PT e o segundo é amigo pessoal da família de Lula. Ambos têm conhecimento jurídico muito inferior ao do atual indicado. Não existe escolha de pessoas que não seja, em essência, política.

RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)

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A nomeação de mais um ministro ligado a partidos políticos não apenas apequena nossa mais alta corte como coloca a Operação Lava Jato nos trilhos de um acordão.

TEOTIMO LARA (Belo Horizonte, MG)

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O presidente Michel Temer mostrou a que veio: estancou a sangria com a nomeação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal. Pobre país...

MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP)

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Se Dilma nomeasse seu ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para o STF, qual seria a reação da grande mídia, da maioria do Supremo e daquele pessoal que bateu panelas? A ousadia antiética do governo Temer e a blindagem que recebe não têm limites.

DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP)

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Se Alexandre de Moraes atuar no STF da mesma forma com que lidou com a crise penitenciaria, a suprema corte e o Brasil estarão em grande perigo.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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VIOLÊNCIA NO ES

Um governo que não paga os salários da PM tem moral para exigir obediência? Policiais militares têm sido historicamente leais e disciplinados, mas para tudo há limites ("Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens" ). Enquanto isso, o país vive um escândalo após outro, corrupção e pouco-caso tanto no nível federal quanto no estadual. A Polícia Militar merecia mais respeito!

JOÃO MANUEL MAIO (São José dos Campos, SP)

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Depois que os governadores abandonaram a opção de escolher oficiais do Exército para comandar suas PMs, houve uma visível deterioração na segurança pública. Em vez de serem as PMs forças auxiliares do Exército, foi o Exército que virou força auxiliar das PMs. A União deve cumprir a Carta Magna e decretar a intervenção nos Estados em que os governadores não conseguem manter a ordem.

PAULO M. GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

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COBRADORES NOS ÔNIBUS

Sobre o editorial "Cobradores em xeque", presenciamos o fim das máquinas de escrever e a consequente extinção dos datilógrafos. Presenciamos o fim dos ascensoristas. E agora chegou a hora dos cobradores de ônibus. Para que manter um gasto grande que não serve rigorosamente para nada? Apenas para impor mais custo ao município e, por consequência, ao contribuinte? Qual a ideia?

FABIO KNOPLOCH (São Paulo, SP)

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Está mais do que na hora de acabar com os cobradores de ônibus. Mas é preciso ser radical ao aniquilar a aberração: acabar também com as catracas. Acabem com isso, criem um sistema simples e eficiente de cobrança. Os cobradores podem (como é usual em todo o mundo) tornar-se controladores, que agem aleatoriamente nos ônibus e trens verificando quem pagou a passagem.

HOMERO SANTIAGO (Sâo Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Mario Sergio Conti acusa o juiz Moro de "baixeza" por, segundo ele, processar Marisa para atingir Lula. Até onde sabemos, o processo não foi inventado. Ele se baseia em investigações que apontam que Marisa tomou parte em diversas fraudes junto com o marido e com outros. Conti espera que Moro ou qualquer juiz se abstenha de suas funções porque o réu é marido, filho, genro, neto ou cunhado de alguém?

ALEXANDRE EFFORI DE MELLO (Rio de Janeiro, RJ)

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Inquietantes são os artigos de Julianna Sofia e Vanessa Grazziotin. Ambas mostram com lucidez e clareza os caminhos de nossa política e da vida pública de nossos dirigentes, sempre alheios às necessidades do povo. Tenho extremo orgulho da Folha. Só falta uma "Ilustrada" exclusiva para o Rio, pois ficamos à mercê de um só ponto de vista — inescrupuloso! — em nossa cidade. Sucesso e parabéns!

FRANCISCO F. RODRIGUES (Rio de Janeiro, RJ)

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AJUSTE FISCAL

É inconcebível que pessoas possam despejar ideias que não condizem com a vida que levam. Refiro-me ao artigo de Maria Alice Setubal, que, ao criticar o ajuste fiscal, diz que este não considera a "exclusão de milhares de pessoas". Como tem coragem de proferir tamanho despautério, sendo herdeira do maior conglomerado bancário do país, auferindo dividendos provenientes de juros exorbitantes e tarifas escorchantes? Ela finge que não tem culpa.

JOSÉ RONALDO CURI, advogado (São Paulo, SP)

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Maria Alice Setubal foi gentil, como soe acontecer, ao dizer que "cometemos um erro histórico quando não priorizamos a educação na década de 70". Na verdade, foram os militares que destruíram nossa boa escola pública de então e a entregaram de mão beijada aos seus amigos, donos da escola particular. Deu no que continua dando.

ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP)

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JOÃO DORIA

Doria faz um alarde para anunciar que vai doar o seu salário para instituições de caridade. Sugiro que todos aqueles que não precisem de seus salários doem de forma silenciosa aos que julgarem necessitados, mas fazer isso publicamente é constranger todos os que não podem fazer o mesmo. Cuide de São Paulo, prefeito, e pare de demagogia.

MARIO BRAGA (Curitiba, PR)

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