Folha de S. Paulo


Leitor diz que Cármen Lúcia livrou-se 'brilhantemente' de uma saia justa

Adriano Machado/Reuters
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, trabalha em seu gabinete em Brasília (DF)

DELAÇÕES DA ODEBRECHT

A ministra Cármen Lúcia agiu com prudência e presteza ao decidir pela homologação das delações premiadas da Odebrecht, mantendo o sigilo. Livrou-se brilhantemente da saia justa que foi preparada pelo imponderável. De acordo com o noticiário, ela ouviu os seus pares, reuniu-se com o procurador-geral da República e não se olvidou de atender a expectativa de dezenas de milhões de brasileiros.

ANTONIO CARLOS GOMES DA SILVA (São Paulo, SP)

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A presidente do Supremo Tribunal Federal tomou a decisão de homologar as 77 delações da Odebrecht, mas deixou de dar publicidade aos conteúdos. Nos próximos dias, teremos eleições para o comando da Câmara e do Senado, sucessores na ausência do presidente da República. Os parlamentares poderão escolher alguém com ficha suja neste megaescândalo. O país clama por seriedade e transparência, e a hora é agora.

WILSON RONALDO DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

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EIKE BATISTA

O recolhimento de Eike Batista a um presídio mostra um quadro que merece ampla reflexão. Está constatado que o comando de municípios, de Estados ou do governo federal permite que verbas públicas sejam manipuladas de acordo com o interesse não apenas da classe política. Que a prisão dessa figura com renome internacional dê continuidade ao processo e que ela atinja todos aqueles que foram ou são desonestos com o erário. É a real possibilidade de um Brasil diferente.

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Apesar de toda a gravidade de nossa grande crise, estamos dando um exemplo ao mundo de como combater e enfrentar a corrupção endêmica. As prisões de lideranças políticas e de empresários, até agora efetuadas dentro dos princípios legais, estão sendo vistas como uma salutar recuperação da moralidade pública no Brasil. A curto e médio prazo, certamente isso terá efeitos benéficos em nossa economia interna, bem como na externa, o que permitirá nossa inserção positiva na atual geopolítica mundial.

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado (Rio de Janeiro, RJ)

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Não defendo o Eike Batista, o Marcelo Odebrecht e o Marcos Valério, mas ainda vejo o Brasil como no tempo em que enforcaram Tiradentes. Não que os citados possam ser comparados ao insurgente, mas nossas autoridades agem com a mentalidade da coroa portuguesa no século 17. Pegam alguns bodes expiatórios para mostrar ao público a sua autoridade. Enquanto não prenderem os políticos, os verdadeiros criminosos, aqueles sem os quais não haveria o que está aí, nada me convencerá.

RONALDO OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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DONALD TRUMP

Ao impedir a entrada de cidadãos de determinados países de maioria muçulmana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comete o erro infantil e imperdoável da generalização e, consequentemente, adentra o território imoral da xenofobia. Não bastasse a ineficácia de tal medida como prevenção contra terrorismo —a maior parte dos atentados cometidos na Europa foi executada por pessoas que nasceram no continente—, o presidente ofende os imigrantes do mundo inteiro, inclusive aqueles que construíram a América.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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O presidente Donald Trump não está inovando com as suas medidas anti-imigratórias. Há anos, brasileiros vêm sendo barrados ao chegarem aos aeroportos americanos e europeus, sendo lá detidos, constrangidos e deportados, mesmo que apresentem todos os comprovantes requeridos para as suas viagens.

ROBERTO FISSMER (Porto Alegre, RS)

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Vivenciei no aeroporto de Orlando, neste domingo (29), um protesto contra as medidas de Donald Trump. Ao menos 200 pessoas protestavam, de forma organizada, com faixas e palavras de ordem. Elas eram observadas por um contingente razoável de policiais e agentes de segurança, incluindo cães farejadores. Ouvi de um trabalhador da limpeza local que os refugiados e imigrantes não o incomodam, então ele não entende por que impedir sua entrada. Poucos passageiros, como eu, aplaudiram os manifestantes.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)

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SERVIDORES PÚBLICOS

Aplausos para o professor George Matsas, servidor público que teve a hombridade de propor o fim do ponto facultativo no Dia do Servidor e da licença-prêmio. A isonomia deve prevalecer em todas as esferas do trabalho. Vamos poder acreditar no novo Brasil se agirmos como sugere o ilustre professor.

DIVANIR BRAZ PALMA (Maringá, PR)

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Emocionante ver o servidor público George Matsas propor a renúncia de sua classe a privilégios como o ponto facultativo no Dia do Servidor e a vergonhosa licença-prêmio. Tomara que outras categorias, nos três Poderes, que são beneficiadas por privilégios indefensáveis como auxílio-moradia e outras benesses, tenham coragem e patriotismo e transformem este país numa terra de cidadãos iguais em deveres e direitos.

PAULO DELLA VEDOVA (Mogi das Cruzes, SP)

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JUDICIÁRIO

Nenhum dos três Poderes tem tantas regalias e benesses como o Judiciário brasileiro, mesmo sendo inoperante, o mais caro do mundo e sem permitir acesso para as pessoas mais pobres.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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