Folha de S. Paulo


Brasil é uma 'bagunça generalizada e instituída', diz leitor

JUDICIÁRIO

O Brasil faz uma força danada para que a impunidade exista, começando pelo Legislativo, com leis frouxas e cheias de brechas. O Executivo é meramente um enfeite, e o Judiciário, que se acha acima do bem e do mal, ganha muito e trabalha pouco. Processos com o risco de prescrição por conta de tramitação longa e vergonhosa são um acinte para este país que tanto quer se colocar como democracia. Isso aqui é bagunça generalizada e instituída.

MAURÍCIO PIO RUELLA (São Paulo, SP)

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Por que será que todos os políticos querem ser julgados pelo STF? Por que será que demora até dez anos para sair uma decisão e muitos casos prescrevem? Se os ministros do STF quisessem, acabariam com a corrupção, mas parece que não querem.

SYLVÉRIO DEL GROSSI (Fernandópolis, SP)

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O erro começa com o foro especial da classe política e prossegue com a forma de investidura dos ministros do STF, embora exceções como a presidente Cármen Lúcia não possam consagrar a livre escolha pelo Executivo. O resultado são esses privilégios seletivos, tal como se beneficiam os bancos com o sonífero dado ao julgamento dos planos econômicos e da poupança.

LAFAYETTE PONDÉ FILHO (Salvador, BA)

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Num momento em que o país está mergulhado em uma profunda crise econômica, decorrente dos desatinos petistas e dos assaltos aos cofres públicos, Ricardo Lewandowski pleitea substancial aumento salarial. Como disse o editorial "Não caiu a ficha", os juízes gozam de regalias inacessíveis à imensa maioria dos brasileiros. Precisamos acabar, de uma vez por todas, com esse escárnio de privilegiar determinadas categorias em detrimento de outras.

ZELMO DENAR (Presidente Prudente, SP)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

Muito bom que Sergio Moro tenha descartado a possibilidade de entrar para a política. Não podemos afirmar que teríamos um bom político, mas é certo que perderíamos um extraordinário juiz. Ele converteu a Lava Jato em um ponto de inflexão positivo na história do país ao desvendar o hermético e intrincado submundo da corrupção. É fundamental que consolide a operação como padrão de combate à corrupção.

JOÃO C. ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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MASSACRE DO CARANDIRU

Major Olimpio usa o espaço da Folha para enganar os leitores. O que nos causa repugnância de fato é a PM de São Paulo invadir o Carandiru e matar covardemente 111 presos sob custódia do Estado. Nestes 24 anos, nunca ouvimos alguém que participou da rebelião dizer que os presos tinham revólveres. Ninguém defende bandido, ninguém quer ser roubado ou morto, mas, no Brasil, não existe pena de morte e não existe razão que justifique tal massacre.

ARY GERALDO GOMES RIBEIRO (São Paulo, SP)

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Eleições nos EUA

A temerária Hillary, ambiciosa, cínica e tão inteligente quanto maquiavélica, deve ser eleita presidente dos EUA graças à inacreditável figura de seu oponente. Donald Trump é um resumo de todas as características que definem um perfeito cafajeste. A mediocridade como medida de uma existência banal, movida pela necessidade frenética de aparecer. Um narciso canastrão e cafona, como boa parcela dos americanos que votarão nele.

PAULO SÉRGIO ARISI (Porto Alegre, RS)

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O choro é livre. Donald Trump será o novo presidente dos EUA.

SAMUEL FORNARI (São José do Rio Pardo, SP)

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As coisas se complicam nos Estados Unidos e no mundo porque mudou a velocidade da repercussão das decisões tomadas pelos seres humanos. Tudo está acontecendo de forma mais acelerada. Conflitos e desencontros se agravam porque as decisões foram tomadas sem levar em consideração o conjunto. Decisões centradas no aspecto financeiro foram úteis para o controle financeiro global, mas afetaram o emprego, o meio ambiente e a busca do aprimoramento humano.

BENEDICTO DUTRA (São Paulo, SP)

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ENEM

Ano após ano, a novela do Enem é aprimorada. Não basta aos inscritos a expectativa gerada pelas provas? É preciso acrescentar-lhes insegurança decorrente das trapalhadas das autoridades e sua falta de competência para lidar, agora, com a ocupação de escolas? O sistema educacional precisa, sim, ser revisto, mas é mister, sobretudo, revisar nosso sistema político, o grande vilão deste Brasil.

M. INÊS DE A. PRADO (S. João da Boa Vista, SP)

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Arrasador o artigo de Ricardo Semler. Desconstrói mitos sobre o Enem, o Enade e o Pisa, e ainda demonstra a falácia de que o ensino privado seja, de fato, melhor do que o ensino público. Parabéns, Semler.

GERALDO O. CORDEIRO JÚNIOR (São Paulo, SP)

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Gostei da reflexão de Ricardo Semler. Nossos filhos, antes de serem alunos, candidatos ao Enem e peças de mercado, carecem de presença familiar, tempo pessoal e livre arbítrio profissional. As escolas, privadas e públicas, treinam seus alunos, desde tenra idade, para serem meios de produção, inclusive acadêmica, e fazem com que eles acreditem que isso é natural para o sucesso e para a utópica felicidade.

HILÁRIO COUTINHO (Pouso Alegre, MG)

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CRISE NA USP

Parabenizo a Folha pelo excelente editorial "O futuro da USP". Lamentável que ex-alunos não participem mais da gestão da universidade, como ocorre nas melhores instituições do mundo. Temos só um ou dois representantes dos ex-alunos no Conselho Universitário?

EDUARDO ARMANDO (São Paulo, SP)

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