Folha de S. Paulo


'Só nos resta chorar', diz leitor sobre reforma da Previdência

João Wainer/Folhapress
ORG XMIT: 032201_1.tif SÃO PAULO, SP, BRASIL, 21-01-2003: Atendimento no posto da previdência da rua Comendador Elias Zarzur, em Santo Amaro, um dos mais movimentados do país. (Foto: João Wainer/Folhapress, DINHEIRO)
Atendimento em posto da Previdência no bairro de Santo Amaro, em São Paulo

APOSENTADOS

"Não existe arte que um governo aprenda de outro com maior rapidez do que a de extrair dinheiro da população" (Adam Smith). O tal fator previdenciário já come 30% do valor da aposentadoria e ainda acham pouco? ("Reforma pode obrigar aposentado a contribuir com Previdência também", Mercado, 29/10). Não há dinheiro no mundo que tape o rombo feito pelos governantes.

FRANCISCO FIGUEIREDO (João Pessoa, PB)

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Isso é uma medida tão absurda, tão eivada de inconstitucionalidade, que só nos resta chorar. Antigamente, quando havia o STF, tínhamos a esperança de recorrer a ele. Mas, hoje, o STF virou apenas uma repartição da Receita Federal, cuja finalidade é economizar para o governo (o Fux disse isso claramente ao negar a desaposentação). Então estamos completamente perdidos. Triste de um país onde não existe Supremo ou onde este virou
órgão auxiliar do governo.

GERALDO SILVA (Salvador, BA)

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RENAN CALHEIROS

A Folha publicou em sua primeira página, em 29/10, a primorosa oração proferida por Renan Calheiros exaltando o caráter de Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, e falando que é desse exemplo de caráter que precisamos para identificar o povo brasileiro. Belas palavras, pena que não serviram de exemplo para quem as diz.

CARLOS EDUARDO POMPEU

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O senador Renan Calheiros, ao mesmo tempo em que desanca juízes da primeira à última instância, celebra o caráter ilibado dos mesmos. Como crer numa pessoa dessas? Será que a Operação Lava Jato nos dirá quem ele é, realmente?

GÉSNER BATISTA (Rio Claro, SP)

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ESCOLAS OCUPADAS

Curioso o gesto de resistência dos alunos que ocupam escola estadual em Curitiba ("Sindicatos, partidos e MBL inflamam tensão em ocupação de escolas no PR", Educação, 29/10). Eu já vi este gesto antes. Não é o mesmo dos mensaleiros, José Dirceu, entre outros, quando foram presos? E ainda estes pseudoalunos dizem não ter nenhum direcionamento partidário. Não parece.

ELISABETE DARIM PARISOTTO (São Paulo, SP)

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Então vejamos: se eu invadir e tomar uma biblioteca, uma escola, uma sede de governo ou até mesmo uma farmácia, o que acontecerá? Serei preso imediatamente. Então, o que fazem as autoridades aí no Paraná que não prenderam essa gente toda? Onde está o MP do Paraná? Aula não pode ter, bagunça pode?

LUIZ A. MARCELINO (São Bernardo do Campo, SP)

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Parabéns à estudante Ana Júlia por seu discurso na Assembleia Legislativa do Paraná. Mostrou cidadania e atuação em busca de seu ideal e objetivo. Fui professora de filosofia no ensino fundamental e médio. Gostaria muito de ter como alunos muitas Julias ("Aluna do PR que 'encarou' deputados defende ocupação", "Cotidiano", 28/10).

*MARIA H BEAUCHAMP (São Paulo, SP)

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SERRA NA LAVA JATO

Alguns estão decepcionados. Não percebem que corrupção faz parte da cultura nacional desde a sua fundação. E naturalizada. E que o sistema eleitoral vem se mantendo assim, financiado por roubo disfarçado do erário há décadas. Mas, antes, muito antes da República, o público e o privado no Brasil se misturavam, em benefício das classes ricas e mandantes. Por isso, é profundo em nós a cultura da corrupção, disfarçada em múltiplas artimanhas, e acompanhada de um medo, também cultural, da denúncia.

LUIZ PAULO SANTANA (Belo Horizonte, MG)

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Espero que a Folha publique as acusações contra Serra, agora que ele nos representa internacionalmente, também na edição em inglês, como fez com Lula toda vez que ele foi acusado cenicamente. Vamos ver se o jornal é aquilo que diz ser.

PAULO HASE (Araci, BA)

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COLUNISTAS

Parabéns ao professor Vladimir Saflate ("Seus filhos merecem filosofia?", "Ilustrada", 28/10). Muitos conteúdos podem ser tratados transversalmente, mas isso não significa abolir dos currículos sociologia e filosofia. Afinal, as novas gerações têm o direito de aprender a pensar, questionar, investigar. Será que os pais preferem filhos com viseiras aos que podem
vislumbrar o horizonte?

MARIA ANGELA B. CARNEIRO

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Em resposta ao artigo de Vladimir Safatle, nossos filhos, ainda mais nos tempos de incertezas, não só merecem, mas precisam de filosofia. Não se trata apenas de contar a história da filosofia clássica, mas de produzir mentes pensantes na árdua lida diária com os desafios dos nossos tempos. Para isso, nossos filhos precisam de formação, não apenas de instrução. Porém tudo vai depender dos objetivos do atual governo. Se a intenção é produzir mão de obra barata, a filosofia não será mesmo necessária. Basta alimentar o "rebanho".

HILÁRIO COUTINHO, professor (Pouso Alegre, MG)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Parabenizo pelo especial "Uma nova chance" (28/10), sobre a política comercial brasileira em meio à onda protecionista global. Perdemos chances valiosas com o comércio mundial mais aberto e agora a situação está mais difícil. Estamos em um momento em que é fundamental o Brasil deixar de acreditar que seu gigantismo basta para gerar as riquezas necessárias ao desenvolvimento.

TONY NYENHUIS (São Paulo, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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