Folha de S. Paulo


'Cunha nasceu para ser ator', diz leitor sobre lágrimas durante renúncia

RENÚNCIA DE CUNHA

Um dia após a renúncia de Eduardo Cunha, o editorial "Até que enfim" faz o alerta para um acordão que pode salvá-lo da cassação. Há a suspeita da participação direta de Temer nessas espúrias manobras, que envolvem também Osmar Serraglio, presidente da CCJ, e a eleição de Rosso, aliado de Cunha, para a sucessão do comando da Casa. Quando houve pretensão de nomear Lula ministro, houve manifestações e intervenção até do STF. E agora?

FÁBIO COUTINHO SILVA (São Paulo, SP)

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Eduardo Cunha está na profissão errada. Nasceu para ser ator. Como político, só poderia ser demagogo, condição mais próxima de sua verdadeira vocação.

JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)

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Mesmo sem o protesto das panelas barulhentas, o deputado Eduardo Cunha renunciou ao cargo da presidente da Câmara Para a obra ficar completa, faltam a cassação do seu mandato e sua prisão.

FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP)

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Eduardo Cunha merece o rigor da lei, sem dúvida alguma. Só não sejamos hipócritas. Sem ele, Dilma provavelmente ainda estaria no comando do governo, conduzindo o país ao abismo.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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Qualquer um que tivesse escrito que "ódio a Cunha é ódio à democracia" trataria de ficar calado ante a sua queda. Porém Reinaldo Azevedo agora diz que "não sabia" quem era Cunha. Para um colunista político, Azevedo andou muito distraído.

TÂNIA C. DE M. CUNHA (São Paulo, SP)

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GOVERNO TEMER

Queixava-se Michel Temer, quando vice, de seu papel figurativo. Hoje, parece se atrapalhar com o protagonismo que o cargo de presidente lhe confere. É visível a sua inabilidade em mostrar-se um político seguro, haja vista as idas e vindas em nomeações. Optar entre o novo Temer e o velho Michel torna-se tarefa difícil, uma vez que ambos trazem o vício do fisiologismo.

INES V. LOPES, cientista social (Campinas, SP)

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Dentro de minha humilde e modesta posição de professor interiorano, eu daria ao presidente Michel Temer um conselho: que ele escolha com mais cuidado e atenção seus assessores e ministros, para que não se arrependa posteriormente.

JOSÉ LAHOR FILHO (Uberlândia, MG)

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PIXULEKOS

O que melhor representa uma "grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade" não são os bonecos de integrantes do STF, mas o insistente interesse de pessoas públicas em se manter sob a proteção do STF e sob o manto do foro privilegiado. É o mais flagrante reconhecimento de que, no STF, nada acontece.

HAMILTON TENÓRIO DA SILVA (São Paulo, SP)

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UNIVERSIDADE PÚBLICA

Bernardo Guimarães fala sobre a crise nas universidades públicas, sobretudo no que diz respeito à pesquisa, à publicação de artigos e à dedicação dos professores. Sem dúvida, toda e qualquer distorção em relação à qualidade da universidade deve ser motivo de preocupação. Porém, mesmo considerando as sucessivas crises e a relativa jovialidade das universidades públicas brasileiras, elas são, em relação às privadas, as mais produtivas e as mais bem-colocadas em diversos rankings.

ROBERTO GOMES DA SILVA FILHO (São Paulo, SP)

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ESCOLA SEM PARTIDO

Se a burrice triunfar e a "escola sem partido" passar a ditar o ensino no Brasil, pergunto-me qual currículo "asséptico" corresponderia ao pensamento dessa gente. No caso da literatura brasileira, vamos queimar "A Rosa do Povo" (1945) porque Drummond era subversivo. Clarice Lispector é outra: Macabéa, de alienada e pobre, deve ser repaginada como uma socialite paulistana. Tiremos todas as menções ao Diabo de "Grande Sertão: Veredas".Graciliano Ramos, melhor nem lembrar.

HAROLDO H. SOUZA DE ARRUDA (São Paulo, SP)

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INDÚSTRIA

Os impostos recolhidos são quase o dobro das isenções e redução de IPI no setor de informática, mas falta explicar por que o investimento de R$ 8,3 bilhões de 2006 a 2014 é apenas um terço da renúncia e da redução. Imagine a metade desse percentual na construção civil, em um período de desemprego como o atual... Temos variedade de produtos eletrônicos, mas pagamos um alto preço na etapa de produção e na loja. Poderia ser melhor.

JOSÉ TEÓFILO DE CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

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QUADRINHOS

A Folha invoca "razões contratuais" para justificar a interrupção das tiras "Garfield" e "Hagar". Eu invoco razões artísticas para não só solicitar a volta deles como a de "Dilbert ou de "O Robô", que poderiam ocupar o espaço hoje destinado a Galhardo —que é bom ilustrador, mas não tão bom quadrinista.

JEFERSON MATTOS (São Paulo, SP)

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Meu veemente protesto pela retirada de "Garfield" e "Hagar" dos quadrinhos.

ANTONIO C. PACHECO (Curitiba, PR)

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MINISTRO DA SAÚDE

Sobre a coluna "As raposas de Temer", o Ministério da Saúde esclarece que o ministro Ricardo Barros, nas quatro vezes em que foi eleito deputado federal, teve suas contas de campanha eleitoral aprovadas pelo TRE do Paraná, atendendo às exigências previstas na legislação. Cabe esclarecer que, em 2014, a legislação permitia doações tanto de pessoas físicas quanto de jurídicas. O valor gasto na campanha eleitoral de 2014 foi de R$ 3,1 milhões. A doação do cidadão Elon Gomes representa somente 3,1% (R$ 100 mil) do total.

RENATO STRAUSS, chefe da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

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O Ministro da Saúde precisa demitir-se do cargo ou dele ser afastado. Frustrado na sua investida contra o SUS, agora traz a estapafúrdia ideia de um "plano de saúde popular".

FRANCISCO RAMOS (Brasília, DF)

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