Folha de S. Paulo


Lágrimas de Cunha não o livrarão do julgamento do povo, diz leitor

RENÚNCIA DE EDUARDO CUNHA

Eduardo Cunha, cedendo a apelos e pressões, renunciou à presidência da Câmara. Isso dará novo fôlego à Casa e restituirá a estabilidade da qual estava necessitada há muito. Uma pena que as forças políticas que podiam influenciar Dilma Roussef não tenham sido capazes de encontrar, no momento próprio, argumentos que a levassem a tomar atitude semelhante.

PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ)

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Depois de tudo que veio ao conhecimento do público, o deputado Cunha ainda tem a cara de pau de chorar em publico. As contas na Suíça, as aulas de tênis, as gastanças em hotéis de luxo no exterior — não ficamos um dia sem que um dos delatores da Lava Jato o citem. Suas lágrimas de crocodilo não o salvarão do julgamento do povo brasileiro.

PAULO FERREIRA (São Paulo, SP)

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A renúncia de Eduardo Cunha foi teatral, como tudo nele. Agora, esperamos a sua cassação e a defenestração de Waldir Maranhão, que voltará à sua insignificância e deixará de envergonhar o nosso Estado. Que um presidente menos nocivo e com mais responsabilidade republicana seja eleito pela Câmara.

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

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Foi graças a Eduardo Cunha, notadamente quando presidente da Câmara, que as entranhas maléficas do Executivo vieram à tona e muito foi –e está sendo – esclarecido sobre malfeitos nos bastidores do governo. Devemos muito a Cunha, embora ele mereça condenação pelo que aprontou.

HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

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Cunha renunciou à presidência da Câmara. Tudo no script para salvar seu mandato e colocar um governista no seu lugar. Claro que isso já foi acordado com Temer. Afinal, se Cunha perder o mandato, poderá ser preso em seguida. E aí o governo Temer implode. Nenhum golpista quer isso, não é mesmo?

SUELY REZENDE PENHA (Campinas, SP)

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PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA

Oportuno o texto de Lenio Streck. A par do perfil midiático e policial a que por vezes assistimos, é bom lembrar que a defesa da ordem jurídica também constitui tarefa do Ministério Público.

OSCAR MELLIM FILHO (Campinas, SP)

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Fiscalizar a isonomia é fiscalizar a lei. A ligeireza processual seletiva e a existência de decisões judiciais conflitantes – sobretudo quando proferidas pelo mesmo julgador – desacreditam enormemente a Justiça.

MIKE LOPES MOREIRA (São Paulo, SP)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

Parte da população, muito justificadamente, critica a aparente seletividade das ações da Lava Jato e fica na dúvida entre confiar e não confiar na operação. Esse grupo não entende por que os caciques do PMDB – Renan, Cunha, Lobão, Jucá, Eunício, Jader, Geddel e cia. – parecem intocáveis e continuam a se exibir diante das câmaras como paladinos da retidão parlamentar.

ALVARO ABRANTES CERQUEIRA (Muriaé, MG)

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PIXULECOS

Li, estarrecido, a decisão do STF de mandar a PF investigar os responsáveis por levar a uma manifestação bonecos do ministro Lewandowski e do procurador-geral da República. Trata-se de uma ação de cerceamento ao direito de expressão e manifestação. No caso de condenação à prisão dos criativos manifestantes, o país ingressará no rol dos países com prisioneiros políticos.

AGOSTINHO SEBASTIÃO SPÍNOLA (São Paulo, SP)

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CORRUPÇÃO

O governo Temer, ao tentar retirar a urgência da votação de projetos que combatem a corrupção, deixa-nos perplexos e mostra-nos a clara intenção de que seus integrantes são favoráveis à corrupção no país.

EDER DA SILVA GOMES, professor (Breves, PA)

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CIÊNCIA

É lamentável a agressão sofrida por Helena Nader, presidente da SBPC, durante um congresso acadêmico-cientifico. Sociedades cientificas não devem assumir posições político-partidárias. Devem, sim, batalhar por suas reivindicações em todas as instâncias possíveis, o que Helena Nader tem feito incansavelmente. Esperamos que ela reconsidere a sua decisão de deixar o cargo.

JOSÉ FRANCO DA SILVEIRA (São Paulo, SP)

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DERROTA NA LIBERTADORES

Até a expulsão do zagueiro Maicon, o jogo era controlado. Depois disso, assisti a um erro inédito no futebol: a substituição de um zagueiro central por um volante, responsável direto pelos dois gols sofridos pelo São Paulo. Confesso que nos meus 80 anos como são-paulino, nunca soube de um erro tão grosseiro e inacreditável, ainda mais havendo no banco de reservas um jogador que seria o substituto natural.

ÁLVARO MUNIZ (São Paulo, SP)

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Agora, com a poeira baixada, a derrota do São Paulo veio mostrar o que muitos são-paulinos há anos reclamam: falta competência e raça dentro e fora do campo, enquanto sobram marketing e politicagem que não ganham jogo e destroem um patrimônio de décadas. Outro ponto negativo foi o comportamento das torcidas organizadas. Sempre as defendi, pois dão graça ao espetáculo, mas fica cada vez mais difícil não relacioná-las à violência.

JURCY QUERIDO MOREIRA (Guaratinguetá, SP)

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ONDE ESTÁ GARFIELD?

Onde se meteu aquele gato preguiçoso? Nas tirinhas, nada da costumeira nota "Garfield está gozando merecidas férias em sua cama". Será que foi preso por desviar merenda (para sua própria pança) e a Folha está abafando o caso para proteger um de seus mais queridos colaboradores?

EDUARDO SIGRIST (São Paulo, SP)

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NOTA DA REDAÇÃO - Por razões contratuais, as tiras "Garfield" e "Hagar" deixaram de ser publicadas.

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PACTO FEDERATIVO

Há décadas os municípios sofrem com a má divisão do bolo tributário e, por isso, é urgente a revisão do Pacto Federativo. A maior parte da arrecadação fica com a União e com os Estados, mas é nas cidades que as pessoas moram e cobram respostas rápidas. A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) defende a melhor divisão dos tributos para garantir políticas públicas eficientes e eficazes. Por isso, o diálogo federativo e ações que beneficiem a todos são fundamentais.

MARIA ANTONIETA DE BRITO, prefeita de Guarujá e vice-presidente para Assuntos de Finanças Públicas da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP)

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