Folha de S. Paulo


Se devolvessem o dinheiro roubado, Brasil seria o país mais rico, diz leitor

CORRUPÇÃO

Em tudo o que se faz neste país encontra-se um caso de desvio de verbas, de fraude de licitação, de superfaturamento, de serviços que foram pagos e não foram executados. Se pudéssemos recuperar todo o dinheiro que é desviado por corruptos e o que se perde por conta da incompetência de nossos governantes, o Brasil seria o país mais rico do mundo.

RUBENS SAYEGH (São Paulo, SP)

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A Operação Lava Jato está demonstrando, à exaustão, que a corrupção está entranhada em todos os órgãos municipais, estaduais e federais. Para estancá-la, sem a menor dúvida, a privatização é o santo remédio.

ALOYSIO CYRINO PERALVA (Juiz de Fora, MG)

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O povo brasileiro gostaria que os ministros do Supremo Tribunal Federal tivessem a mesma rapidez para condenar corruptos que têm para libertar acusados.

MELCHIOR MOSER (Timbó, SC)

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BOLSONARO RÉU

Num momento de estupro coletivo, agressões verbais por parte de políticos como Bolsonaro, a denúncia da ex-modelo Luiza Brunet é um exemplo para todas as mulheres.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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Hélio Schwartsman faz uma análise incauta da aceitação pelo STF da denúncia que pôs Bolsonaro no polo passivo da demanda. Não há razão democrática para aceitar, sob a batuta da imunidade parlamentar, o discurso criminoso. O uso inadequado da liberdade de expressão e da imunidade material não pode proteger o que o ordenamento jurídico aponta como ilícito. O recebimento da denúncia nos dá uma boa dose de certeza: o discurso de ódio e de intolerância não receberá guarida do véu democrático. Ainda bem.

KAYO CÉSAR (Belém, PA)

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Parabéns a Hélio Schwartsman pela coragem de enfrentar o politicamente correto. Grosseria é falta de educação, mas não é crime. O Brasil tem muitos parlamentares processados. Isso se deve, em parte, ao comportamento dos acusados, mas em maior parte ao acúmulo de processos não julgados. Essa protelação feita pelo STF é um incentivo ao crime.

ADILSON ABREU DALLARI (São Paulo, SP)

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AQUECIMENTO GLOBAL

É paradoxal que, em tempos de luta mundial contra o aquecimento global e pela preservação das matas do planeta, e tendo já sido estabelecidas as nossas reservas da biosfera, o agronegócio entenda ser possível recortar com quatro rodovias o que sobrou da floresta amazônica brasileira, além de ampliar canais do rio Amazonas. É urgente que se proceda coletivamente por um novo processo de planejamento integrado, que, baseado no desenvolvimento sustentável, tenha metas precisas de harmonização dos diversos interesses em jogo.

BRUNO R. PADOVANO, coordenador científico, e SAIDE KAHTOUNI, consultora em projetos ambientais do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da USP (São Paulo, SP)

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GUARDA MUNICIPAL

A reportagem "Bope do ABC" deprecia a Guarda Municipal enquanto instituição da segurança pública, mesmo quando se refere a um fato isolado da GCM de São Caetano do Sul. As GCMs têm suas competências fundamentadas no artigo 144, parágrafo 8º, da Constituição Federal e na lei 13.022/2014.

OSÉIAS FRANCISCO DA SILVA, presidente da Conferência Nacional das Guardas Municipais do Brasil e guarda-civil municipal de São Bernardo do Campo (São Bernardo do Campo, SP)

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DESASTRE EM MG

Apesar das denúncias e indiciamentos, continuam vazando rejeitos das barragens da Samarco. As multas não são pagas, e o crime ambiental e humanitário é chamado de "acidente". É o abuso do poder econômico, que nesta semana conseguiu aval para construir mais uma barragem próxima a comunidades em Itabirito (MG), e que tem o simpático nome de Maravilhas 3. A população que se dane.

MAURÍCIO B. MORAIS (Belo Horizonte, MG)

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COLUNISTAS

Estranho que Reinaldo Azevedo comece a coluna falando que tem pressa quando 90% do texto foi uma não solicitada aula de gramática. A coluna de Elio Gaspari disse exatamente quem estaria por trás de um golpe, o que ele definia por golpe e as razões pelas quais haveria um golpe. Ou Azevedo abusa do cinismo para provocar confrontos ou bastar-lhe-ia tirar os óculos escuros, já que o texto de Elio Gaspari, como sempre, não poderia ser mais claro.

FRANCIS AUGUSTO MEDEIROS (Oslo, Noruega)

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Assim como a teatralidade, a que se referiu Elio Gaspari, que ocorria nas cassações de parlamentares após o Golpe de 64, dando ar de legalidade aos julgamentos, o atual processo de impeachment sofre do mesmo mal. A teatralidade ofende o direito ao contraditório em sua dimensão substancial, uma vez que hoje, do mesmo modo que na ditadura, a defesa não tem o direito de poder influenciar o convencimento dos julgadores, pois, como disse o jornalista, "a convicção prévia dos senadores já está definida".

LOURENÇO MACIEL DE BEM (Florianópolis, SC)

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"MORTES EM SÃO PAULO*

Cada cidadão paulista deveria se levantar contra a missiva do senhor Cleber Mata, coordenador de imprensa de Geraldo Alckmin, por afirmar que o leitor Albino Marcondes (30/6) ofendeu o governador ao cobrar dele um gesto de solidariedade para com as famílias de crianças assassinadas pela Polícia Militar paulista. Esta, à diferença do que diz o assessor, continua tirando vidas de crianças sem justificativa alguma e sob o olhar complacente do governo do Estado.

TÂNIA CRISTINA DE MAURO CUNHA (São Paulo, SP)

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CORTE NAS BOLSAS

Os "artistas" querem ser paparicados pelo Estado e, devido ao seu poder de pressão, conseguiram manter o MinC. Já as bolsas de estudo, que são efetivamente investimento no futuro e no presente do país, foram cortadas. Eu aceito, sem pestanejar, a troca: bolsas de estudos no lugar do MinC. Pesquisadores e profissionais bem formados e pesquisas realizadas no lugar de "artistas" que acham que é necessário estrutura estatal para fazer "cultura".

GUSTAVO BISCAIA DE LACERDA, cientista político (Curitiba, PR)

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VACINA DA DENGUE

Sobre "Vacinas contra dengue terão desafio a vencer", os estudos não foram realizados em humanos e os dados não podem ser extrapolados para a vida real. Na vida real, dados iniciais revelam que a imunidade à dengue pode ser associada à diminuição da gravidade da zika em infecção subsequente por febre amarela. Estudo recente sobre a epidemia de zika na Polinésia não demonstrou impacto negativo na imunidade prévia à dengue na Síndrome Guillain-Barré associada à zika. A vacina foi avaliada pela Anvisa e agências reguladoras, que confirmam seu benefício e segurança para países endêmicos.

SHEILA HOMSANI, diretora-médica da Sanofi Pasteur (São Paulo, SP)

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