OPERAÇÃO LAVA JATO
O presidente citado em delação premiada, ministros enrolados com a Justiça, partidos envolvidos com propina, um governo sem credibilidade diante do eleitorado. É difícil pacificar o país diante desse quadro. Só novas eleições pacificarão o Brasil. E não me venham com o lero-lero de que é inconstitucional - a Constituição tem instrumentos para viabilizar a antecipação das eleições.
FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)
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A cada petardo que lhe atiram a reação de Aécio é invariável: passividade. O senador mineiro tem a obrigação moral de reagir a isso, pois, como dizia Joseph Goebbels, "uma mentira dita mil vezes vira verdade".
LUCÍLIA PERES ALMEIDA (São Paulo, SP)
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Será que, diante de tanta frustração com as graves denúncias dos delatores contra Temer, seus ministros e Aécio Neves, os manifestantes que carregavam o senador e enalteciam Cunha, aos gritos de "abaixo a corrupção", agora, para defender a "trupe" que assumiu, vão suar suas camisas da CBF e espancar suas panelas, aos gritos de "fora, Janot"!?
NUNO LIMA (Belo Horizonte, MG)
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Não basta receber a delação de Sérgio Machado. Têm que ser colocados na luz os membros do segundo e terceiro escalões que operacionalizaram o desvio de verbas da Transpetro no Rio de Janeiro, sem os quais a roda não giraria. Todos sabem que os gerentes corruptos não sobrevivem sem os operacionais subordinados, que são tão ou mais responsáveis e devem ser pegos.
MICHEL AMIN KHOURI (Curitiba, PR)
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Os políticos estão desmoralizando a instituição brasileira chamada STF. Todos aqueles acusados de cometer crimes querem ser julgados pelo tribunal - mesmo os que não têm mais foro privilegiado, como é o caso do ex-presidente Lula. Recorrer para que o julgamento não caia nas mãos de Sergio Moro é a mais escancarada prova de que eles veem o STF como uma corte acovardada e mais fácil de ser manipulada politicamente.
PEDRO ABILIO RESECK, médico (São Paulo, SP)
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Causa estranheza a Folha manter Aécio Neves como colunista. O jornal traz editoriais em que diz ser contra a corrupção e mantém, entre seus colaboradores, um político citado em diversas acusações na Lava Jato? O ideal seria afastá-lo, pelo menos até que prove a inocência.
FERNANDO IMPÉRIO (São Paulo, SP)
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O calvário do interino Michel Temer está só começando. Mais revelações contra ele virão à tona em todo esse processo. Temer não tem condições morais de prosseguir no comando do país e o ideal seria se afastar do cargo até a confirmação ou não das denúncias.
PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)
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O ministro do STF Teori Zavascki enviou o processo de Lula para Sergio Moro sem a escuta telefônica que o Brasil inteiro ouviu. É mais ou menos como esconder o Pão de Açucar no Rio....
ANDRÉ COUTINHO (Campinas, SP)
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CRISE ECONÔMICA
Muito bem escrito o artigo de Laura Carvalho. Faz sentido. Mas seria importante que ela também mencionasse que o que possibilitou bloquear agendas democráticas foi a incompetência dos governos anteriores e suas práticas pouco republicanas. Não se pode exaltar apenas um lado da história.
CHRISTIAN CRUZ HÖFLING (Campinas, SP)
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JUSTIÇA BRASILEIRA
Além de ser uma das mais caras do mundo, a Justiça brasileira é ineficiente porque trabalha muito pouco. Em que outro país do mundo magistrados gozam de 60 dias de férias e de uma infinitude de recessos e feriados prolongados?
MOZART MENEZES (Goiânia, GO)
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POLÍTICA EXTERNA
Parabéns ao colunista Matias Spektor pelo retrato deprimente das atividades da Embaixada de Washington. Em sua coluna, mostra, além da conhecida deficiente comunicação do governo com órgãos e com pessoas influentes capazes de divulgar o Brasil, diplomatas exercendo simples funções burocráticas, incompatíveis com suas qualificações.
JOÃO ANTONIO LEITE (Florianópolis, SC)
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ATENTADO NOS EUA
Parabenizo Contardo Calligaris por mais um brilhante texto. Acredito que o jovem que matou 49 pessoas em uma boate de Orlando não se permitia, na realidade, realizar os seus profundos desejos sexuais. Na tentativa de "matar sua alma", aniquilou seres humanos que realizavam os seus próprios desejos. Podemos dizer que os homofóbicos enxergam nos outros os seus " bodes expiatórios", o espelho de suas sombras.
FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP)
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SELEÇÃO BRASILEIRA
Nenhum técnico deveria aceitar o comando da seleção brasileira com a bagunça que nela reina. Ninguém se interessa por ela, nem nós, torcedores, muito menos seus convocados. Quanto à crônica esportiva, uma sugestão: parem, por favor, de escrever sobre o 7x1. Cheguem a um acordo quanto ao placar. Quem não sabe que os alemães puseram o pé no freio descaradamente?
ROGERIO FASANO (São Paulo, SP)
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MORTOS PELO FRIO
O texto de Mariliz Pereira Jorge retrata com fidelidade o comportamento de muitos dos meus amigos, todos cultos e formadores de opinião, muitos da área da comunicação. A hipocrisia não é defeito exclusivo da "direita golpista". Pessoas que gozam do conforto "das elites", que posam de progressistas e de esquerda, sempre prontas para denunciar o "golpe", não pensam duas vezes antes de silenciar sobre as torpezas cometidas por seus políticos de preferência. O que são senão uma confraria de "pequenos burgueses" acometidos pela culpa de viverem muito bem num país cheio de miseráveis, inebriados pelos amiguinhos no poder?
JOSÉ CARLOS CARNEVALE FILHO (São Paulo, SP)
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As noites geladas de São Paulo inspiram solidariedade. Pessoas voluntárias, pensando no próximo, saem pelas ruas da capital distribuindo carinho, agasalho e alimento. Bonitos gestos humanos que, em tempos tão áridos, mostram que nem tudo está perdido.
DEVANIR AMÂNCIO (São Paulo, SP)
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VIOLÊNCIA NO RIO
Ensanguentou-se no rosto/ Com o sangue do próprio filho./ Nos olhos, todo o desgosto./ Diante, corpo sem brilho./ No Morro do Querosene/A mãe se desespera./ Na vida, que se condene/ A dor provocada por feras./ Não por mera coincidência/ O morto, pobre e pardo/ Pois extensa incidência./ Dessa vez, Carlos Eduardo ("'Aquele sangue era meu', diz mãe que viu filho morto em favela do Rio" ).
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA, professor (Rio de Janeiro, RJ)
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POETAS
Desolador ver nosso Ferreira Gullar, embora delicadamente, depreciar Oswald de Andrade, que não pode se defender. O episódio do "eu menti" foi uma brincadeira entre grandes amigos. Uma performance poética que Mário de Andrade usou na construção de "Macunaíma". É o que se aprende com Antonio Cândido em "Vário Escritos".
RUY BARBOZA, professor aposentado da USP (São Carlos, SP)
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