Folha de S. Paulo


Com derrota de Cunha e de Dunga, leitor diz que terça-feira foi 'gloriosa'

CASSAÇÃO DE CUNHA

Dia 14 de junho, glorioso para o Brasil: Cunha com a cassação aprovada no Conselho de Ética, Lula nos braços de Moro e Dunga fora da seleção. Aleluia!

MARCOS CANDAU (São Paulo, SP)

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Mais uma agradável surpresa: 11 x 9! Do jeito que as coisas andam, até começo a acreditar que o Brasil está mudando, mesmo que contra a vontade da maioria da classe política.

LUIZ NUSBAUM, médico (São Paulo, SP)

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Bernardo Mello Franco desqualificou a defesa que faço do deputado Eduardo Cunha no Conselho de Ética. Insinuou tratar-se de uma peça de fantasia, ocupada em desenhar um quadro de santidade do meu cliente. Uma pena o jornalista utilizar-se de espaço nobre para desfilar preconceitos e, de forma jocosa, tripudiar sobre o direito de defesa. Ele faz coro com o linchamento fácil imposto ao meu cliente. Se há algo de sagrado no Estado democrático, é o direito à defesa, tão caro como a liberdade de imprensa, inclusive para um cidadão que o jornalista rechaça e torce para que seja condenado em rito sumário.

MARCELO NOBRE, advogado de Eduardo Cunha (São Paulo, SP)

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Brilhante a conclusão de Hélio Schwartsman. Não basta a Lava Jato. Precisamos é fazer com que a Justiça brasileira valha o quanto pagamos. A condenação de poucas figuras políticas e empresariais não é nada diante do tamanho da corrupção que veio à tona nestes dois últimos anos. É muita figuração e pouca decisão por parte do Judiciário.

OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)

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Acho enganosa a comparação feita pelo colunista Hélio Schwartsman em relação aos gastos com a Justiça no Brasil, França e Alemanha. Não discordo da ineficiência, mas a comparação é enganosa. Os PIBs francês e alemão são bem maiores que o brasileiro. A comparação mais justa seria pelo gasto per capita.

LUIZ DANIEL DE CAMPOS (São Paulo, SP)

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Muito lúcido a coluna de Hélio Schartsman sobre o Judiciário. Além de caro, o nosso Judiciário é lento e ineficiente.

VITAL ROMANELI PENHA (Jacareí, SP)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

O fato do ministro Teori Zavascki não ter aceito os pedidos de prisão contra a cúpula do PMDB não compromete o excepcional desempenho de Rodrigo Janot na PGR. Entretanto fica claro que a prisão preventiva não deve ser banalizada. O episódio teve uma repercussão altamente positiva, uma vez que o procurador demonstrou que qualquer um, por mais poderoso que seja, não está livre da lei.

JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, MG)

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O foro privilegiado é uma vergonha nacional, não faz nenhum sentido num país que exige transparência. Parlamentares deveriam ser os primeiros a negá-lo em nome da democracia. Quem não deve, não teme e dá o exemplo.

RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

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CRISE ECONÔMICA

O Brasil levará muito tempo para sanar os estragos na economia provocados pela incompetência e irresponsabilidade dos últimos anos de governo. Que ninguém se iluda, a conta será amarga e atingirá especialmente os mais necessitados, independentemente de quem esteja no comando do país.

ROBERTO FISSMER (Porto Alegre, RS)

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No governo Dilma, o caderno "Mercado" atribuía aos desacertos e falta de credibilidade internos as oscilações negativas da Bolsa, do dólar etc. Sob Temer, tais rumores repentinamente são creditados a causas externas e os motivos internos milagrosamente desapareceram.

ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP)

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COPA AMÉRICA

Dunga não deveria assumir sozinho o fracasso da seleção. Aposto que ele é obrigado a escalar certos jogadores por imposição de patrocinadores, entre outras condições que desconhecemos. Se ele se calar, estará fazendo o jogo sujo da CBF. Com salários milionários, os jogadores privilegiam seus clubes.

JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

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ATENTADO NOS EUA

O autor do massacre na boate Pulse comprou sua arma de forma legal. Possivelmente ela tenha vindo de um "gun show", onde um fuzil pode custar menos que um celular. Agora, diante da tragédia americana, ninguém se responsabiliza. O presidente Obama está certo em dificultar o acesso a esse tipo de comércio.

ANTONIO MELLO BABO (São Paulo, SP)

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A lição de Thomas Jefferson, repassada a nós por Antonio Cabrera, de que "nenhum homem livre pode ser privado do uso de armas" foi do tempo do Velho Oeste americano, período da história daquele país que não nos traz bons exemplos.

FLÁVIO LIMA SILVA (Maceió, AL)

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Uma aberração da legislação norte-americana é que qualquer pessoa possa comprar em lojas, sem dificuldades, um fuzil de grosso calibre e farta munição. Uma aberração da legislação brasileira é que pessoas instruídas, sem antecedentes criminais e com cursos de preparação técnica e psicológica não consigam autorização para portar uma simples arma de defesa, mesmo com registro nos órgãos competentes.

JOSÉ MARIA SANTAREM SOBRINHO, atirador esportivo (São Paulo, SP)

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A comunidade gay não precisa do EI para ser dilacerada, haja vista as dezenas de homossexuais que são assassinados a cada ano no Brasil. Por acaso somos cidadãos de segunda classe?

WALTER NEVES (São Paulo, SP)

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TV CULTURA

Marcelo Coelho escreveu sobre a série que inspirou "House of Cards" e está em cartaz na TV Cultura. Além dela, a emissora está transmitindo outras grandes séries britânicas como "Sherlock", "Downton Abbey" e "Doctor Who". É a melhor coisa que o governo Alckmin, que mantém a TV, está fazendo.

MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

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Reforço escolar

A Folha erra ao dizer que a recuperação foi esvaziada. O repórter ignora parte da nota enviada pela Educação, que informava que, em 2015, 123.144 alunos passaram por alguma das modalidades, número 565% superior ao dado presencial. O Idesp e o Saresp de 2012 a 2015 mostram melhora nas notas: de 4,28 para 5,25 (fundamental 1); 2,5 para 3,06 (fundamental 2) e 1,91 para 2,25 (ensino médio). O Estado alcançou o melhor resultado de sua história.

PATRÍCIA LOPES, coordenadora da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação do Estado (São Paulo, SP)

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RESPOSTA DO JORNALISTA PAULO SALDAÑA - A reportagem não defende teses, e sim mostra que diferentes ações de reforço escolar foram esvaziadas ou abandonadas pelo governo paulista. Os demais pontos foram contemplados nos textos.

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