Folha de S. Paulo


Cotas sociais não bastam para ampliar acesso à universidade, dizem leitoras

A lei federal que estabelece reservas de vagas (e não cotas) está amparada em dados do IBGE que demonstram que as desigualdades de acesso ao ensino superior são perpassadas pelas categorias de classe e de raça/cor. Não é suficiente, como indica o editorial da Folha, determinar reserva de vagas apenas para pobres como solução do problema. Cabe, como já vêm fazendo as universidades, aperfeiçoar processos seletivos, inibindo fraudes.

CLAUDIA RAIMUNDO REYES, pró-reitora de Graduação da UFSCar, e WALDENEZ DE OLIVEIRA, secretária de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar (São Carlos, SP)

Editoria de Arte/Folhapress
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE COTAS.Reserva de vagasleva em conta renda,cor e escola de origem

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Fica difícil para um país miscigenado e pobre como o Brasil insistir em política de cotas raciais sem causar mais injustiça social e estimular um racismo às avessas. O bom senso recomenda excluir o fenótipo (que implica subjetividade) como requisito e criar cotas sociais contemplando todos os brasileiros pobres, incluindo-os de maneira justa e menos preconceituosa.

ÂNGELA LUIZA S.BONACCI (Pindamonhangaba, SP)

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Sentimos grande alívio ao saber que universidades como a FGV-SP estão adotando o Enem. O fato de os candidatos precisarem se deslocar para prestar vestibular cria certo impasse, pois muitos deles não têm condições de fazê-lo. Provavelmente não iremos usufruir da mudança, mas é bom saber que, cada vez mais, os melhores alunos vão ter a oportunidade de entrar nas melhores universidades.

BEATRIZ ZANON, estudante, e THAÍS CALLIGARIS, estudante (Rio Claro, SP)

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A mudança proposta pela FGV tem intenções positivas com a diversificação dos alunos, mas acaba comprometendo os vestibulandos ("FGV vai trocar vestibular próprio por nota do Enem", "Cotidiano", 15/4). A pressão para a prova certamente aumentará, já que o Enem garante o ingresso em muitas universidades. Ou seja, caso o desempenho do candidato não seja satisfatório, terá seu futuro imediato comprometido.

ALESSANDRA CORRARELLO, estudante, e MARIA LUIZA ROVERATTI, estudante (Rio Claro, SP)

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