Folha de S. Paulo


Impeachment precisa ser repudiado por segmentos democráticos, diz leitor

Procedente e oportuno, da parte da presidente, resgatar o memorável movimento da Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola em 1961 em contraposição à tentativa de golpe para impedir a posse de João Goulart ('Tenho certeza de que não vai ter golpe', diz Dilma ). O impeachment como pretexto para desrespeitar os resultados das urnas precisa ser repudiado pelos segmentos democráticos.

ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de janeiro, RJ)

*

Renato Costa/Folhapress
A presidente Dilma durante encontro com juristas contrários ao impeachment, no Palácio do Planalto
A presidente Dilma durante encontro com juristas contrários ao impeachment, no Palácio do Planalto

*

Sinceramente, falar em "presunção de inocência" para Dilma nesta altura dos acontecimento, quando ela joga na cara da nação articulações, artimanhas e más intenções para fugir da lei, soa um tanto bizarro. Alguém em sã consciência pode presumir que Dilma seja inocente?

MARIA LÚCIA BRESSANE CRUZ (Campinas, SP)

*

Causa-me estranheza esta seção não publicar sequer uma carta sobre o colunista Reinaldo Azevedo, que tem raivoso estilo unidirecional e chegou a tachar Chico Buarque de "amante da ditadura". Ele extrapola, ao dizer que "petistas perseguem jornalistas, que se escondem para não serem espancados" (Sentido político do 'Cálice' de Chico se mostra agora vigarice ). Sugiro que o jornalista, sem se identificar, vista uma camisa vermelha e passe em uma manifestação "fora, Dilma". Hostilizados brutalmente em público, e não por petistas, foram Guido Mantega, Chico Buarque e tantos outros.

CAETANO BRUGNARO (São Paulo, SP)

*

Daniel Marenco/Folhapress
Ensaio do musical
Ensaio do musical "Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos"

*

A ditadura anda camuflada em vários setores. Agora surge o compositor, que se dizia contra a repressão nos anos de chumbo, atuando como censor, porque lhe desagradaram comentários feitos a uma plateia, em uma peça em que suas composições eram homenageadas, comentários estes que não faziam alusão à sua obra. Ele entregou suas belas composições ao mundo e por elas recebe seus direitos. Mas daí a proibi-las de serem usadas por quem lhe paga royalties vai um largo passo. A não ser que houvessem ofendido sua obra, o que não aconteceu. O sr. Francisco é ou não um democrata?

TERESA DOS ANJOS (Belo Horizonte, MG)

*

Marcos Bizzotto/Raw Image/Folhapress
Alunos da PUC entram em confronto com a polícia
Alunos da PUC entram em confronto com a polícia

*

A reportagem Ato na PUC termina em confronto com a PM erra ao estabelecer a cronologia dos fatos que levaram os policiais a intervir para restabelecer a ordem pública. A PM iniciou a ação após os policiais terem sido atingidos por objetos lançados contra eles e demais manifestantes. É importante destacar que a manifestação anterior foi previamente comunicada e que a ação da PM se deu para garantir a segurança de todos e evitar mais agressões.

EMERSON MASSERA, major PM chefe da assessoria de imprensa da Polícia Militar (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS JORNALISTAS THAIS ARBEX E RENAN MARRA - A reportagem acompanhou todo o ato e constatou que a PM agiu após ser provocada por gritos dos manifestantes, mas antes que fossem lançados objetos contra os policiais e demais pessoas presentes.

*

Desonesta a coluna Se prenderem o Lula, o país vai ferver, de Kim Kataguiri, que mais uma vez a utilizou para propaganda política. Desonesta por dois principais motivos: primeiro porque retira de contexto a frase do ex-presidente, que, em nenhum momento, convocou os manifestantes a cortarem veias de ninguém, tão somente se utilizou de uma conhecida figura de linguagem para dizer o óbvio, que somos todos iguais. Segundo porque diz que coxinha é "quem não vive de saquear os cofres públicos". Na divisão do Brasil em coxinhas x petistas, onde será que estão o senador Aécio Neves e o próprio deputado Eduardo Cunha, com quem o colunista já despachou o impeachment com trato cordial?

JOÃO PEDRO CARVALHO GARCIA DE LIMA (Belo Horizonte, MG)

*

Hoje o grande mestre do humor da FSP, teve muita ajuda dos recentes acontecimentos políticos para suas tiradas de humor. Todas são boas mas acredito que as melhores foram: -"Status atual do Lula: o Gilmar não está pra peixe! Previsão do tempo: Gilmar revolto." ou sobre o ministério balançante de Lula: -"Escravos de Jó/ jogavam caxangá/ tira, põe, deixa ficar". Rarará!". Por favor Simão brinde nos mais com muito para se rir nas próximas edições, o que na realidade seria pra chorar.
Ulf Hermann Mondl
Florianópolis-SC

*

Faço aqui breve reflexão sobre a opinião de Monica Iozzi. Ela tem direito democrático de defender Dilma, Lula e companheirada, cobrar ampla investigação a outros partidos e seus membros e acusar a imprensa de imparcialidade. Democrático também é afirmar que essa jovem é uma canastrona, irrelevante, sendo apenas mais um rostinho bonito na TV.

MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP)

*

Com o esgarçamento da Justiça brasileira –resultado da reação frequente de importantes figuras públicas que se manifestam sempre que as decisões e as investigações contrariam seus projetos e objetivos de poder–, é preocupante a convergência de um número excessivo de questões litigiosas para o âmbito do STF, mesmo as que, pela magnitude e relevância, poderiam ser resolvidas em instâncias inferiores.
Além de representar para seus ministros uma sobrecarga de trabalho que pode influenciar a qualidade de suas decisões, transforma a corte numa espécie de extintor de incêndios para as emergências geradas pelas distorções do nosso sistema presidencialista manco, clamando por uma reforma que dificilmente será debatida por contrariar os propósitos dos encarregados de formulá-la e pelo anacronismo dos códigos em vigor. Caberia então ao Legislativo, hoje também esfacelado, a elaboração de leis dedicadas ao interesse público, capazes de tornarem a mediação do STF mais eficiente e justa. Como hoje há pouca esperança de que o Congresso possa se debruçar com honestidade sobre tal tarefa, só nos resta torcer para que nossos magistrados máximos sejam iluminados e disponham de resistência física e psicológica suficientes para continuarem a cumprir sua missão com a isenção que sempre os caracterizou.

PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ)

*

Tratando-se de musical com obras de Chico Buarque, é mais do que natural que grande parte do público presente fosse formada de simpatizantes da esquerda. Duvido que o ator Claudio Botelho não soubesse disso. Portanto ao fazer a provocação envolvendo indiretamente as figuras da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, o ator acabou por ofender diretamente, e ao vivo, grande parte da plateia ali presente e que dele diverge. A reação, a meu ver justa, não se constitui censura, como quer o ator, mas, sim, em legítima defesa com o uso da livre manifestação do pensamento frente àqueles que imaginam ter o monopólio da verdade e o insensato pretenso direito de ofender a quem pensa diferente.

DARCIO DE SOUZA (São Paulo, SP)

*

Como salientou Bernardo Mello Franco, o vice Michel Temer poderá assumir, tendo apenas 1% de lembranças no Datafolha. É por essas que espero que seja cassada a
chapa e possa escolher novamente o presidente por voto direto.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

*

Dilma se apresenta como um anjo de candura em seu discurso. Esquece que deixou o país quebrado e a maior estatal no osso. Os petistas são assim: chupam a manga até o caroço e, se bobear, roem o mesmo! Ela se qualificou como uma injustiçada porque não deu motivos para o impeachment, dando um tom de um escárnio que ofende. Sem falar nas pedaladas fiscais, tudo o mais que se descobriu nas gravações nas quais ela não foi grampeada, mas que descortinou o modus operandi deste governo, já vale muito mais que o Fiat Elba do Collor com o qual os petistas o puseram para fora do Palácio.

MARA MONTEZUMA ASSAF (São Paulo, SP)

*

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: