Folha de S. Paulo


Leitor critica manchete da Folha sobre carta enviada por Temer a Dilma

Leio a Folha há mais de 30 anos. Qual o objetivo de incluir na manchete a palavra "mentir" ("Em carta, temer acusa Dilma de mentir e sabotar o PMDB", "Primeira Página", 8/12). Não se vê com clareza no texto do vice-presidente alguma afirmação de que isso tenha ocorrido. Incluir essa palavra na manchete leva o jornal para o nível da fofoca e indica que a Folha trata o leitor como ignorante político.

SERGIO DE PAULA (São Paulo, SP)

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Pedro Ladeira/Folhapress
O vice-presidente Michel Temer
O vice-presidente Michel Temer

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A carta de Michel Temer mostra que, no governo Dilma, nada está tão ruim que não possa piorar. Só faltou Temer dizer que, se é para o bem geral da nação e do PMDB, digam a Dilma que posso ficar no lugar dela.

EVELIN BARUQUI (São Paulo, SP)

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Senhor Michel Temer, ao escrever sua carta endereçada à presidenta, Vossa Senhoria veio apenas confirmar que realmente seu cargo é decorativo. Afinal, o senhor gostou tanto do cargo no primeiro mandato que aceitou ser candidato a vice na reeleição.

FRANCISCO STANGUINI (São Caetano do Sul, SP)

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Discordo do editorial Pausa na economia, quando diz "... não se pode prever se o procedimento do impeachment provocará deterioração maior das expectativas econômicas ou se terá efeito contrário". É só lembrar o efeito causado pela simples aceitação do pedido: a Bolsa subiu e o dólar caiu. Sinal mais claro, impossível. Mostra o que querem cidadãos, empresários etc. O Brasil vai voltar aos trilhos quando esse processo for concluído, com o desfecho que a maioria espera.

SERGIO APARECIDO NARDELLI (São Paulo, SP)

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Tirar Dilma é ruim. Deixá-la também. É ruim tirar porque o fundamento jurídico (pedaladas fiscais) existe, mas é fraco. Deixá-la é ruim porque ela não tem mais credibilidade e por isso não tem como reverter a situação crítica da economia. Mas só faz sentido tirá-la se for para implantar o parlamentarismo. É precário ter que manter um gestor sem excelência por causa da norma.

ELNIRO BRANDÃO (Fortaleza, CE)

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Tenho lido entrevistas e artigos esposando o argumento de que as pedaladas foram usadas por muitos governos anteriores, sem que eles tenham sido derrubados. É o argumento de Lula sobre o mensalão: "Só fizemos o que todos fazem". Se não podemos mudar o passado, façamos o que tem de ser feito hoje para que mudemos o futuro.

JOSÉ CARLOS CARVALHO (São Paulo, SP)

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Acho ótimo que a opinião pública possa influenciar julgamentos de crimes de colarinho-branco (O direito de defesa, sempre ). Afinal, somos nós, o povo brasileiro, que sofremos por falta de educação, saúde e segurança, o que teríamos bastante se não fossem tantos desvios de dinheiro público em todas as esferas da administração.

IVAN ZACHARAUSKAS (Campinas, SP)

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Alguns maiorais, dentro e fora do governo, estão descobrindo uma nova realidade no Brasil. Mesmo com muito poder, ou dinheiro, ou bons advogados, não estão mais acima da lei ou supondo estar acima do bem e do mal. Ver o sol nascer quadrado numa cela seria algo impensável, diriam alguns, faz pouco tempo, além dos já condenados pela Justiça e os a condenar (Zé Dirceu, Delúbio, Kátia Rabello, Vaccari etc. e, por fim, Delcídio e Esteves).

ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC)

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A moral da história da imorredoura fábula de Esopo "A Raposa, o Corvo e o Queijo" cabe à perfeição ao episódio da carta de Temer à Dilma: "Monsieur du courbeau, apprenez que tour flatteur vie au dépeno de celui que le encout!" (Senhor corvo, aprenda que todo bajulador vive na dependência daquele que ele bajula).

ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP)

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O ritual do impeachment aproxima o sistema presidencialista brasileiro a um parlamentarismo com mais travas e prazos, pois, no fim, quem vai decidir o afastamento da presidente são os congressistas. O sistema mostra-se eficiente e seguro, pois em mais de 120 anos de República só foi realmente acionado em três ocasiões e resultou em afastamento um única vez, no caso de Fernando Collor.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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Com a crise política e econômica em que o país se encontra, fica evidente que nenhum político e nenhum partido, sem exceção, estão realmente preocupados com o Brasil. Todos estão preocupados com interesses pessoais e partidários e temorosos com a perda do poder e das regalias. Não é possível ouvir, isoladas que sejam, palavras equilibradas e sensatas que nos deem esperança para um país mais justo e desenvolvido, somente retóricas, sofismas e especiosidades recorrentes, que nos levam ao limite da moral e da ética.

SERGIO TAKEO MIYABARA (São Carlos, SP)

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Muito engraçada essa choradeira de Michel Temer, dizendo que ser um vice decorativo e menosprezado. A especialidade do PMDB sempre foi ficar nos cantinhos e comer pelas beradas. Agora estão se achando. Nunca deram a cara pra bater!

ARCANGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)

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