Folha de S. Paulo


Leitores divergem sobre editorial da Folha

Há que se parabenizar a Folha pelo excelente editorial "Selvageria à brasileira" ("Opinião", 9/7), sobre o linchamento de um homem no Estado do Maranhão. Em nome de um suposto bem, não se pode fazer justiça com as próprias mãos. Os que apoiam essa selvageria são os mesmos que defendem a redução da maioridade penal, que não se comovem com as várias mulheres que morrem por causa abortos mal feitos. São os mesmos que que querem a preservação da guerra às drogas etc.

Anete Araujo Guedes (Belo Horizonte, MG)

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Acho irresponsável que um jornal critique um ato extremo de autodefesa e de cansaço contra a impunidade, somente com palavras vazias, de boas intenções. Por que a Folha não propõe algo factível, pragmático, que possa ser feito em regime de urgência para que esses atos não mais ocorram, em vez de propalar que se trata de barbárie? Barbárie é o que os governos fazem ao serem irresponsáveis e medrosos com relação ao crime.

Luiz Carlos Macedo (São Paulo, SP)

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Compartilho da indignação da Folha. Em pleno século 21, à luz do dia, vemos cenas de barbárie, de justiçamento coletivo, na vista de crianças. A imagem do corpo do homem nu, morto, é emblemática. Ainda estamos longe de viver num país civilizado. E, infelizmente, nestes tempos sombrios, a Câmara de Eduardo Cunha, numa manobra indecente, parece reforçar esse clima de ódio e barbárie, ao aprovar a redução da maioridade penal. Isso não resolverá o problema, pois serão combatidos os efeitos, e não as causas da violência.

Hélio de Sousa Reis (Guarulhos, SP)

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