Folha de S. Paulo


"Partido não tem relação com o escândalo de corrupção", afirma PT

Sobre a manchete "PT teme multa milionária por desvios na Petrobras" ("Primeira Página", 20/4), a direção do PT reafirma que todas as doações recebidas pelo partido foram feitas dentro dos parâmetros legais e declaradas à Justiça. O partido não tem relação com o escândalo de corrupção investigado na Petrobras. Dessa forma, não se sustenta a afirmação de que o PT "teme" ressarcir eventuais perdas da empresa causadas por malfeitos cometidos por seus ex-executivos e empresas prestadoras de serviço.

GERALDO MAGELA FERREIRA, assessor da secretaria de comunicação social do PT (Brasília, DF)

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Como outros colunistas viúvas do PT, Gregorio Duvivier nos conta que a corrupção não começou com os "companheiros" ("Contra a corrupção!", "Ilustrada", 20/4). Ainda fico incrédulo com a repetição dos argumentos: "Na gestão de FHC também já existiam propinas", "Paulo Francis denunciou as falcatruas antes de Lula assumir". Como a corrupção já existia antes de Dilma, vamos deixar pra lá. Afinal,o PT só fez o que os outros faziam, mesmo que tenha exagerado na dose, aliás, cometido overdose.

EDGARD SOARES (São Paulo, SP)

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Partidos políticos, empreiteiras e escolas de samba são instituições importantes. Sem partidos, não há democracia. Empreiteiras geram emprego e realizam grandes obras. As escolas de samba fazem parte da nossa rica herança cultural. Se todas essas organizações passassem pelo crivo rigoroso da Justiça, não sobraria pedra sobre pedra. É corrupção, tráfico de interesses, propina e jogo do bicho. Medidas dessa natureza seriam insensatas. Não é na base do "ou vai, ou racha" que se conserta o país.

MARIO CÔRTES (Campinas, SP)

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Se o PT morrer sem oxigênio, preocupação que atormenta seus próceres, como noticia a Folha, é porque enveredou por uma rede de esgotos sem ventilação. Depreende-se das notícias que o partido foi cronicamente fronteiriço entre as contribuições legais e as manifestamente ilegais e divorciadas da ética. É claro que outros partidos também devem ser punidos, se evidenciadas práticas análogas, o que não traz nenhum alívio à nossa crise política atual, sem precedentes em toda uma história conturbada por crises.

AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

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