Folha de S. Paulo


Leitores elogiam o escritor e educador Rubem Alves

Rubem Alves era um romântico, que vivia o assombro da beleza da vida, do amor, da generosidade. Viveu uma vida simples, sem alardes, sem gosto pela posse e badalações. Convivemos durante muitos anos. Ele criou um grupo de poesia, os canoeiros da terceira margem do rio, uma alusão à obra de Guimarães Rosa, que durante 14 anos se reuniu todas as terças-feiras em sua casa. Generoso e ouvinte atento. Ensinava-nos que entre o trágico da vida humana e suas fragilidades havia a beleza e que ela deveria ser vivida intensamente no cotidiano de cada um. Rubem foi uma bússola em nossas vidas.

LENIR SANTOS (Campinas, SP)

*

Como professor de sociologia, posso expressar com alegria que suas crônicas foram de grande valia, pois pude levá-las para meus alunos. Eu mesmo tirava várias cópias, líamos e posteriormente fazíamos um rico debate. Sua morte é uma grande perda. Mas ele deixou um grande legado.

JOSÉ ALBERTO DA SILVA (São Paulo, SP)

*

Do enorme legado de Rubem Alves há que se destacar a paixão pela educação. Para Rubem Alves a primeira tarefa da educação é ensinar a ver, e quem vê bem nunca fica entediado com a vida. Encontramos em todos os seus escritos de filosofia esse pensamento sobre a importância da descoberta. Dizia e diz o filósofo mineiro que o cientista virou um mito, e todo mito é perigoso porque induz o comportamento e inibe o pensamento. Assim nos convida a abrirmos os olhos para a ciência. Como diria Guimarães Rosa: Rubem Alves não morreu, ficou encantado.

JOSÉ MARIA THEODORO (Belo Horizonte, MG)

*

Tive o privilégio de ter sido aluna de Rubem Alves na década de 70, na Unicamp, no curso "Introdução à Filosofia". As aulas eram dialógicas e reflexivas. Não havia cobrança de conteúdo por meio de provas. A sua linguagem era simples e me encantava, pois mexia com sentimentos. Ao contrário do que alguns acreditam, nunca foi sua intenção acabar com a escola. Apenas critica a instituição chata, sem vida, que massacra alunos com conhecimento sem serventia alguma. "Se eu pudesse viver minha vida novamente, eu a viveria como vivi porque estou feliz onde estou." Adeus, professor, e obrigada por tudo que me ensinou.

EDINALDA GUEDES (Campinas, SP)

*

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br


Endereço da página:

Links no texto: