Folha de S. Paulo


Leitores divergem de coluna contra a liberação do cultivo de maconha

O colunista Rogério Gentile usa o comércio ilegal do cigarro como argumento para a não legalização da maconha. Se seguirmos sua reflexão, seríamos obrigados a criminalizar qualquer produto legal fabricado no planeta, pois todos são passíveis de contrabando ou falsificação.

JOSÉ REINALDO BALDIM (Dourado, SP)

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Entendi o real propósito do artigo de Maria Ângela D'Incao no final do texto: a legalização das drogas e seu controle pela Estado. Como argumentou Rogério Gentile, o controle estatal do comércio de drogas seria tão bom quanto é o controle da venda de cigarros. Ingenuidade é acreditar que o PCC abrirá, com uma nova lei de drogas, uma S.A. para seus produtos.

RAPHAEL MADEIRA (São Paulo, SP)

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Rogério Gentile acredita que liberar o cultivo da maconha em "âmbito doméstico" não trará nenhum benefício à população. Veja o exemplo dos EUA, quando foi proibido o comércio de bebidas alcoólicas –a chamada "Lei Seca". A consequência foi o comércio ilegal através do contrabando. Se o consumo de qualquer substância for proibido em um país, podemos prever que haverá comércio ilegal. Todos sabemos o que cigarro e maconha fazem à saúde, mas o cigarro não altera o comportamento do fumante. Acho que o consumo de maconha, como o de cigarros, deveria ser liberado e que todos fossem responsáveis pelo seu comportamento. Proibir não é solução, sabemos que situações forçadas não duram muito tempo.

JAIME FLORENCIO MARTINS, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ouro Preto, MG)

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