Folha de S. Paulo


Leitor pergunta a razão de governo não criar carreira de Estado para médicos

Ao acompanhar a celeuma em torno da importação de médicos estrangeiros para o Brasil pergunto: por que o governo não cria uma carreira de Estado para os médicos, com concurso público, como existe no Judiciário? O artigo de Eliane Cantanhêde "Médicos cubanos" ("Opinião", ontem) vai ao ponto ao narrar que os profissionais que deixaram Cuba como mercadoria de exportação são vítimas do sistema brasileiro, que com mais esse paliativo não resolverá o problema e irá expor de forma vexatória os médicos cubanos.

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

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Como médico, gostaria de agradecer pelo editorial "A farsa da saúde" ("Opinião", 31/8), que assegura que meus atos de protesto são "puro corporativismo". Gostaria de saber qual dos meus pleitos é o mais corporativista: 1) clamar por um sistema de saúde público pautado pelo planejamento, qualidade e imune à demagogias e casuísmos; 2) lutar para que seja aplicado o exame de proficiência aos médicos antes de permitida sua atuação profissional, tanto para os formados no exterior quanto para os brasileiros ou 3) denunciar o modelo de contratação de médicos por meio de "bolsas", o qual nega ao profissional os mais elementares direitos trabalhistas em pleno século 21.

IVAN BENADUCE CASELLA (São Paulo, SP)

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Não tenho dúvida de que os médicos estrangeiros ajudarão nosso povo carente, em que pesem as objeções, algumas válidas, outras nem tanto, das entidades médicas. Fica, no entanto, a tristeza e o constrangimento de sabê-los trabalhando para nós sem desfrutar dos benefícios e garantias da nossa lei trabalhista.

RAUL CORRÊA RECHDEN (Porto Alegre, RS)

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Parabenizo David Oliveira de Souza pelo artigo "Carta aos médicos cubanos" (Tendências/Debates, 31/8). Assino em baixo, principalmente quando ele salienta que com um bom exame clínico, vacinação e disponibilidade de medicamentos básicos, material para curativos e suturas emergenciais, é possível fazer muito pelas populações desassistidas. Claro, sem tirar a responsabilidade do governo de investir pesadamente no SUS.

NICOLAAS GEMMA MARIA SCHOENMAKER (Holambra, SP)

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