Folha de S. Paulo


Para leitor, dois anos a mais de formação não garantem médicos melhores

Talvez haja, de fato, necessidade de aumentar o tempo de formação de um médico, porém não serão esses dois anos adicionais que farão com que tenhamos médicos mais capacitados somente pela inserção no SUS.

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É temerária a proposta de rotatividade de profissionais a cada dois anos na atenção básica --área estratégica do sistema de saúde e que prima pelo atendimento ao longo do tempo, em que se conhece a história do paciente.

RICARDO SADRIANO, médico (São Paulo, SP)

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Em mais uma decisão tomada de afogadilho, o governo federal coloca, placidamente, o material explosivo no colo alheio. A imposição da prestação de serviços obrigatórios [aos estudantes de medicina] não emprestará qualidade à saúde pública. É provável que um plano de carreira bem elaborado e condições estruturais aceitáveis e dignas possam estimular o profissional médico a deixar os grandes centros.

A burocracia, a corrupção e a má gestão estão no topo da relação dos problemas a serem enfrentados. A adoção de medidas midiáticas e verticais deixa transparecer a prevalência da vontade do Estado, em detrimento dos anseios da sociedade. Não temos um norte, o barco está à deriva.

AIRTON MARCOS DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

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Parece que, após tantos anos no poder, o governo federal descobriu que toda a culpa pelo estado lamentável da saúde pública no país é dos médicos.

EDUARDO DA ROSA BORGES (São Paulo, SP)

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Acredito ser acertada a ideia de estender o curso de medicina, mas uma medida dessa magnitude poderia ter sido discutida publicamente e enviada pelas vias normais de projeto de lei, e não na calada da noite, via medida provisória e sem discussão com quem entende e trabalhará com isso. Qual será a próxima solução de longo prazo retirada da cartola? Esse "modus operandi" gera ruptura de expectativas e diminui a credibilidade do país para investimentos externos, mesmo em educação.

MAURICIO MENDONÇA (São Paulo, SP)

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