Folha de S. Paulo


'Corrupção tem de deixar de ser crime sem criminoso', argumenta leitor de Niterói

Apesar do avanço, parece-me que estamos colocando a carroça diante dos bois ao considerarmos corrupção um crime hediondo ("Senado inclui corrupção na lista de crimes hediondos", "Poder", ontem).

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Há mais de 20 anos, por exemplo, Paulo Maluf é chamado de corrupto, mas, perante a lei, ainda hoje, ele é pessoa de ilibada conduta. Antes de ser tipificada como crime hediondo, a corrupção precisa deixar de ser um crime sem criminoso.

RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

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Nossos políticos já trabalham pouco e, agora, querem jogar para a população a responsabilidade da decisão sobre reformas. Eles foram eleitos e têm poder para fazer isso por conta própria. O plebiscito já está na ruas! Que assumam o papel que lhes cabe e pensem na solução eles mesmos.

RODRIGO ENS (Curitiba, PR)

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Excepcional o artigo "Cadê o Lula?", de Eliane Cantanhêde ("Opinião", ontem). É a pergunta que eu e milhões de brasileiros estamos nos fazendo diante das manifestações populares.

JOÃO HÉLIO TOSTA (Bebedouro, SP)

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Há um quê de ingenuidade no texto da colunista Eliane Cantanhêde. FHC, na atual condição de oposição, tem interesses outros. Obviamente, se o chefe do Executivo fosse um membro de seu partido, as posições se inverteriam: Lula passaria a desempenhar o papel de FHC, e este se encarregaria do silêncio conveniente de Lula. Assim funciona o jogo político!

CLÁUDIO DE OLIVEIRA LACERDA (Belo Horizonte, MG)

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É inadequado comparar custos da gravação de um pronunciamento presidencial com serviços de outra natureza ("Governo eleva gasto com maquiagem e penteado para falas de Dilma na TV", "Poder", 26/6). Uma gravação envolve equipe integrada --de diretor a maquiador e cabeleireiro-- subordinada à agenda presidencial e às questões de segurança institucional. Os custos incluem diárias, alimentação, deslocamento e hospedagem, entre outros. Os preços de referência ficaram quatro anos sem correção, até dezembro de 2012.

JOSÉ RAMOS, secretário de Imprensa da Presidência da República (Brasília, DF)

RESPOSTA DA JORNALISTA FERNANDA ODILLA -

A reportagem tratou apenas da evolução do gasto com cabelo e maquiagem, que é discriminado de outros itens (passagens, por exemplo) nos orçamentos de pronunciamentos.

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Vimos que protestar dá resultados. Mas temos que ser objetivos e tentar mudar pontos mais importantes. Eu elegeria como prioridade absoluta o fim da reeleição. Vamos às ruas acabar com ela. Os políticos eleitos só pensam nisso desde o primeiro minuto, governar fica para o segundo mandato. Acho que temos uma boa chance de acabar com a reeleição agora que o povo está sentindo sua verdadeira força.

JOSÉ EDUARDO OLIVEIRA LIMA (São João da Boa Vista, SP)

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