Folha de S. Paulo


24/03/2013 - 03h17

Crise educacional brasileira ultrapassa limites do aceitável, diz leitora

DE SÃO PAULO

Leitores comentam a situação educacional brasileira e os problemas nas redações do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

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É redundante afirmar que a crise educacional brasileira ultrapassa os limites do aceitável. As redações do Enem servem para reiterar o fato de que a mudança na educação tem que assar, fundamentalmente, pela seriedade com que esta é tratada.
Não vejo necessidade de mudança no edital do Enem, visto que qualquer professor de português/redação sabe (ou, pelo menos, deveria saber) que uma redação que foge ao tema (em qualquer trecho que seja, já que coesão e coerência são a essência de um texto adequado) deve tirar zero. O edital de 2012 já previa isso em caso de "impropérios, desenhos e outras formas propositais". Mas há uma questão fundamental a ser considerada: para uma análise correta, a redação precisa ser bem lida, na íntegra.
Sandra Oliveira (Catanduva, SP)

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Exagera-se na celeuma sobre a redação do Miojo. O aluno abordou o tema com rara profundidade e muita reflexão. Foi coeso e coerente. Apenas alguns senões gramaticais perdoáveis. Talvez os examinadores (eles existem?) não tenham percebido, isso sim, a única falha: o rapaz se esqueceu do tempero do macarrão.
Joaquim Quintino Filho (Pirassununga, SP)

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O anúncio do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de que alunos de direito precisarão passar por estágio obrigatório em órgãos públicos -como o Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria- revela desconhecimento da realidade dessas instituições, que esbarram nas dificuldades de contratação previstas na lei nº 11.788/08, sancionada por Lula, além de não desfrutarem, na maioria das vezes, de locais e recursos apropriados nem sequer para o desempenho de suas atividades mais básicas.
Francis B. do Nascimento (Varginha, MG)


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