São Paulo precisa criar uma marca global para se reafirmar como cidade do mundo. Desde o início da nova gestão na Prefeitura de São Paulo, mapeamos oportunidades na área de relações internacionais e notamos a necessidade de reposicionar a maior cidade do Brasil perante o empresariado nacional e internacional.
Já promovemos 34 encontros com representantes de diversos países e setores econômicos. Recebemos ao menos uma missão estrangeira a cada três dias de gestão.
Esses contatos, aliados a viagens internacionais já realizadas e em planejamento, demonstram o quanto a Secretaria Municipal de Relações Internacionais se empenha na criação de um ambiente propício para os negócios, minimizando, sempre que possível, entraves burocráticos e dificuldades de investimentos.
O papel do governo municipal é assegurar uma estrutura que favoreça a interação entre indivíduos e instituições, sempre tendo em vista tornar nossa cidade mais igualitária e fértil em oportunidades.
É por isso que a secretaria tem atuado fortemente na viabilização do Plano Municipal de Desestatização. A agenda de privatizações e concessões de ativos públicos permitirá à prefeitura concentrar recursos nos serviços essenciais, como educação, saúde e segurança.
Jogos de futebol, feiras de eventos, corridas automobilísticas, entre outros, são de extrema importância para a economia da cidade, mas não cabe à prefeitura administrá-los. O setor privado pode cuidar desses eventos de forma mais eficiente.
Como exemplo, podemos citar o Centro de Eventos do Anhembi e o autódromo de Interlagos. As necessidades pontuais desses empreendimentos não competem à burocracia estatal, mas sim a instituições particulares, que trariam mais produtividade ao negócio.
As empresas assumiriam os custos desses equipamentos, o que geraria economia aos cofres públicos.
Abrir as portas de São Paulo ao mundo é urgente -diante de constantes diálogos com empresários, consulados, governos estrangeiros e rede diplomática, estamos avançando na criação de projetos conjuntos.
Nessa toada, o centenário largo do Arouche será um dos primeiros locais beneficiados. Passará por uma grande revitalização com melhorias do espaço público, alargamento da área de pedestres, repaginação de calçadas, adequação de mobiliário urbano e ações de zeladoria. Esse projeto foi possível graças a uma parceria da comunidade francesa com a prefeitura.
A Secretaria de Relações Internacionais mobilizou o consulado francês e outras dez empresas franco-brasileiras para o projeto. Várias outras ações semelhantes estão em curso e tomarão corpo rapidamente.
São Paulo é uma cidade plural e multicultural, é de seu caráter acolher estrangeiros. Incentivar parceiras e mobilizar comunidades é uma das principais tarefas desta gestão. Com seu robusto corpo diplomático, a cidade pode ser maior e melhor com a ajuda de quem aqui faz negócios.
Dessa maneira, apoiar a desestatização e a política de concessões, obtendo apoio e recursos estrangeiros, é posicionar nossa metrópole como protagonista entre os principais centros do mundo.
JULIO SERSON é secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo. Formado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (SP), foi presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
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