Folha de S. Paulo


Trump apoia manifestações no Irã e diz que país viola direitos humanos

Carlo Allegri/Reuters
U.S. President Donald Trump reacts as he departs a rally in Pensacola, Florida, U.S., December 8, 2017. REUTERS/Carlo Allegri ORG XMIT: NYC111
O presidente Donald Trump em um discurso na Flórida

o presidente Donald Trump tem se manifestado em apoio aos protestos no Irã, dizendo que o governo do país está tentando censurar os protestos ao restringir o acesso à internet.

Em um tuíte na noite deste domingo (31), Trump afirmou: "O Irã, patrocinador número um do terror com inúmeras violações de direitos humanos, agora derrubou a internet para que os manifestantes pacíficos não consigam se comunicar. Não é bom!".

Os iranianos descontentes com o governo têm se comunicado por aplicativos de troca de mensagem como o Telegram e pelo Instagram, ambos bloqueados pelo governo neste domingo.

O presidente americano tem tuitado repetidamente em apoio às manifestações, as maiores no país desde 2009. Hassan Rouhani, presidente do Irã, criticou Trump neste domingo, dizendo que ele "esqueceu que chamou os iranianos de 'terroristas' meses atrás".

Em seu primeiro discurso desde que as manifestações começaram, Rouhani disse na noite deste domingo que as pessoas têm direito a protestar, mas essas demonstrações não devem fazer a população "se preocupar com suas vidas e com sua segurança".

Uma agência de notícias iraniana informou que a polícia prendeu mais de 200 pessoas no país no sábado (30).

A onda de protestos foi iniciada na última quarta-feira (27) em Mashhad, a segunda cidade mais populosa do país, e se espalhou por todo o Irã. Desde então, mais de 80 pessoas já foram detidas.

É a maior manifestação desde 2009, quando os iranianos protestaram por meses contra os resultados das eleições presidenciais.

Na capital, Teerã, a polícia disparou canhões de água contra os manifestantes na praça Ferdowsi. Alguns dos manifestantes gritam "Vida longa ao Xá Reza", quebrando um tabu no Irã.

Duas pessoas foram mortas a tiros em confrontos na cidade de Dorud no sábado (30) à noite, quando os manifestantes atacaram bancos e edifícios do governo e queimaram uma moto da polícia.


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