Folha de S. Paulo


ONU pede investigação como crime contra humanidade de leilão de negros

cnn

O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, disse nesta segunda-feira (20) que devem ser investigados como crime contra a humanidade os leilões de migrantes africanos negros como escravos na Líbia.

O comércio no país africano foi revelado na semana passada pela rede de televisão CNN, em que homens negros são apresentados a compradores como mão de obra para o campo e acabam vendidos por US$ 400 (R$ 1.300)

"A escravidão não tem cabimento em nosso mundo e está entre os mais atrozes abusos de direitos humanos e podem constituir crimes contra a humanidade", afirmou Guterres, que disse ter ficado horrorizado com as imagens.

No domingo (19), o vice-primeiro-ministro do governo líbio reconhecido pela ONU, Ahmed Metig, disse que investigará o caso. As autoridades também foram pressionadas por outros líderes africanos para acabarem com os leilões.

O presidente da Guiné, Alpha Condé, se referiu às imagens como "comércio depreciável, de outra era". O governo do Senegal expressou sua "indignação" e o líder do Níger, Mahamadu Issufu, pediu que façam "tudo o que for possível para deter essa prática".

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Na CNN, reportagem sobre leilão de escravos na Líbia
Na CNN, reportagem sobre leilão de escravos na Líbia

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