Folha de S. Paulo


Protestos no aniversário de Putin terminam com mais de 200 presos

Alexander Zemlianichenko/AP
Manifestantes com patos, símbolo de apoio ao líder oposicionista Alexei Navalny, em Moscou

Policiais prenderam mais de 200 manifestantes que realizaram protestos contra o presidente Vladimir Putin em várias cidades da Rússia neste sábado (7). O protesto foi organizado por simpatizantes do oposicionista Alexey Navalny.

Há registros de ao menos 262 presos em 27 cidades, segundo a organização OVD.

Sob chuva, mais de 2.000 pessoas se juntaram em Moscou e bradaram "A Rússia deve ser livre" e "Rússia sem Putin" antes de marchar até o Kremlin, a sede do governo.

Os manifestantes querem que Navalny, 41, seja autorizado a concorrer às eleições.

Alguns dos manifestantes carregavam um pato amarelo, símbolo de apoio a Navalny. Boa parte deles eram adolescentes e adultos com menos de 30 anos.

O líder da oposição, que está cumprindo uma pena de prisão de 20 dias por violar regras em reuniões públicas, convocou os protestos em Moscou e em outras cidades do país para coincidir com o aniversário de 65 anos de Putin. É terceira vez que Navalny é preso neste ano.

O presidente russo, que tem dominado a paisagem política da Rússia por quase 18 anos, deve se candidatar ao quarto mandato em março e pleitear mais seis anos no cargo.

Navalny espera também concorrer, apesar de a comissão central de eleições declarar que ele não é elegível devido a uma pena de prisão. O opositor considera que a decisão é política.

"Não gosto de Putin", disse Klimov, 20, que protestou em São Petersburgo. "Desde que me lembro, ele sempre esteve no poder, e não vemos mais do que corrupção por todos os lados."


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