Folha de S. Paulo


Espanha e Marrocos desarticulam célula suspeita de planejar atentados

O Ministério do Interior da Espanha afirmou que cinco marroquinos e um espanhol suspeitos de envolvimento com uma célula militante islâmica foram presos nesta quarta-feira (6), na primeira grande operação desde os ataques no país que mataram 16 pessoas e deixaram mais de 120 feridos em agosto.

Segundo o ministério, a célula estava em um estágio avançado de atividade e realizava reuniões noturnas secretas, nas quais planejava ataques de grande escala e conduzia treinos físicos que incluíam simular cortar a cabeça de vítimas.

Cinco dos presos são marroquinos, sendo um com direito de residência na Espanha, e o outro é um espanhol, com origem marroquina. Um dos suspeitos foi preso no enclave espanhol norte-africano de Melilla, e o restante no Marrocos. A identidade dos presos não foi revelada.

A agência marroquina de notícias MAP afirmou que a célula operava na região de Beni Chiker, na periferia de Nador, uma localidade do nordeste do Marrocos próxima ao território de Melilla.

A polícia informou que o suposto líder da célula é um espanhol de 39 anos, residente em Melilla, De acordo com o ministério espanhol, ele aproveitava o "cargo de auxiliar em um centro de reeducação de menores para realizar trabalhos de recrutamento e radicalização".

A polícia espanhola prendeu no país 199 pessoas acusadas de conexão com grupos militantes desde que elevou em 2015 o alerta de segurança para 4 –apenas um nível abaixo do máximo.

Em agosto, um terrorista atropelou e matou 14 pessoas nas Ramblas, local turístico de Barcelona. Na fuga, o terrorista esfaqueou um homem até a morte para roubar o seu veículo e escapar. Horas após o atentado de Barcelona, terroristas atropelaram pedestres em Cambrils, matando outra pessoa.

Os ataques foram executados por jovens de nacionalidade marroquina que cresceram na Espanha.

FRANÇA

Na França, duas pessoas foram presas também nesta quarta depois que a polícia encontrou componentes que poderiam ser usados para fazer explosivos em um apartamento ao sul de Paris.

No local foram encontrados cilindros de gás e outros componentes que podem ser utilizados para a fabricação de explosivos.

A Procuradoria antiterrorismo da França será responsável pela investigação, de acordo com uma fonte do Judiciário citada pela agência de notícias Reuters.


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