Folha de S. Paulo


Coreia do Norte diz ter feito bomba de hidrogênio capaz de entrar em mísseis

O regime da Coreia do Norte anunciou neste domingo (3, noite de sábado no Brasil) que desenvolveu uma bomba de hidrogênio que, diz, tem "grande poder destrutivo" e poderia ser colocada em mísseis intercontinentais.

A declaração deverá ser um novo elemento de tensão do ditador Kim Jong-un com os Estados Unidos, mas analistas a veem como uma propaganda por considerarem que a ditadura não tem tecnologia suficiente para fazer a bomba.

KCNA/Reuters
Imagem distribuída pela agência de notícias KCNA mostra Kim Jong-un inspecionando o que seria a bomba de hidrogênio
Imagem distribuída pela agência de notícias KCNA mostra Kim Jong-un inspecionando o que seria a bomba de hidrogênio

A agência de notícias KCNA mostrou imagens de Kim inspecionando o que dizem ser o carregamento da bomba de hidrogênio em um míssil intercontinental e, em seu texto, afirma que todo o processo foi feito dentro do país.

"O poder explosivo da bomba foi ajustado de dezenas para centenas de quilotons e pode ser detonada de grandes altitudes. Como seus componentes foram produzidos localmente, isso permite que o país possa fazer quantas armas nucleares quiser."

Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte diz ter bombas de hidrogênio. A primeira foi depois de seu quarto teste nuclear, em janeiro de 2016, quando o regime declarou ter usado uma ogiva desse tipo no exercício.

Na época, especialistas dos EUA e da Coreia do Sul consideraram que a bomba atômica usada teria sido comum. O secretismo do programa nuclear norte-coreano, porém, faz ser quase impossível a veracidade dos anúncios.

O suposto desenvolvimento é revelado seis dias depois que o regime lançou um míssil que sobrevoou o nordeste do Japão antes de cair no oceano Pacífico, em resposta aos exercícios militares americanos e sul-coreanos.

Em resposta, o Exército dos EUA sobrevoou a fronteira com a Coreia do Norte com caças e bombardeiros. A tensão começou quando Kim disse ter testado dois mísseis intercontinentais que, segundo o regime, poderiam chegar ao território continental dos EUA.


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