Mais de mil pessoas morreram nos deslizamentos e nas enchentes que afetaram Serra Leoa duas semanas atrás, disseram um pastor e uma líder local neste domingo (27). Anteriormente, o governo havia estimado em 450 as vítimas da catástrofe do dia 14 de agosto, mas equipes de resgates advertiam que os mais de 600 desaparecidos provavelmente não haviam sobrevivido.
"Mais de mil morreram nas enchentes e nos deslizamentos, mas nunca saberemos o número exato", disse Elenoroh Jokomie Metzger, líder das mulheres de Regent, uma área na periferia de Freetown que foi muito afetada.
Centenas de enterros foram realizados. O reverendo Arnold Temple afirmou que determinar o número exato de mortos é importante para que se possa apurar responsabilidades. "Pode ser que nós estejamos velando bem mais que mil cidadãos de Serra Leoa neste momento. Mas por que mil de nossos compatriotas deveriam morrer dessa forma trágica? Quem é o culpado? Precisamos apontar culpados para que se adotem medidas que evitem esse tipo de tragédia", disse.
Críticos acusam o governo de Serra Leoa de não aprender com outros desastres em Freetown, onde muitas áreas pobres estão no nível do mar e não têm bom escoamento de água. A capital também está repleta de construções clandestinas em morros.