Folha de S. Paulo


Com estímulo do EI, veículos se tornam arma recorrente de terroristas

O atentado desta quinta-feira (17) em Barcelona entra em uma extensa lista de atentados recentes na Europa em que veículos foram usados como armas.

Em 2016, os ataques mais mortíferos ocorreram com caminhões em Nice (14 de julho, com 86 mortos e 434 feridos) e Berlim (19 de dezembro, 12 mortos e 56 feridos).

Neste ano, Londres foi alvo de três ações semelhantes, mas com automóveis. Em 19 de junho, uma pessoa morreu e dez ficaram feridas quando um extremista de direita avançou com uma van contra pedestres perto da saída de uma mesquita.

No mesmo mês, no dia 3, terroristas usaram uma van para atropelar pedestres na ponte de Londres e atacaram pessoas a facadas num mercado próximo. O ataque foi reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico.

Em 23 de março, um motorista matou duas pessoas e feriu outras 40 em um atropelamento na ponte de Westminster. Depois, saiu do carro e esfaqueou um policial num dos portões do Parlamento britânico -o agente também morreu. A ação também foi reivindicada pelo EI.

A capital da Suécia, Estocolmo, também foi alvo de um ataque com veículo em 2017. Em 7 de abril, um motorista avançou com um caminhão sobre pedestres e deixou cinco mortos.

Na edição de novembro de 2016 da revista "Rumiyah", publicada pelo EI, um texto sugeria a utilização de veículos como arma contra os "infiéis", por ser uma forma simples e barata de praticar um ataque.


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