Ainda a bordo do Air Force One, após voltar de um discurso em Nova York, o presidente Donald Trump anunciou nesta sexta (28) mais uma reviravolta em sua equipe, com a saída de seu chefe de gabinete, Reince Priebus, e a nomeação, para o seu lugar, do secretário de Segurança Doméstica, John Kelly.
Essa é a segunda grande mudança na Ala Oeste da Casa Branca em uma semana. No último dia 21, o porta-voz Sean Spicer anunciara sua renúncia por não concordar com a indicação do gestor de fundos de investimento Anthony Scaramucci para o posto de diretor de Comunicação.
| Nicholas Kamm/AFP | ||
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| O presidente dos EUA, Donald Trump, chega à base aérea de Andrews após discusar em Nova York |
E foi justamente Scaramucci que assumiu o papel de atacar publicamente Priebus nesta semana, sugerindo que o presidente desconfiava que ele era a origem de vazamentos da Casa Branca para a imprensa.
Segundo a rede CNN, um funcionário sob anonimato disse que Priebus pediu demissão na quinta-feira (27), depois de Scaramucci dar uma entrevista à mesma emissora o desafiando a negar que não era ele quem repassava informações confidenciais a jornalistas.
"Tenho prazer de informar que acabei de nomear o general/ secretário John F. Kelly como chefe de gabinete da Casa Branca. Ele é um grande americano e um grande líder. John também fez um trabalho espetacular na Segurança Doméstica. Ele tem sido uma verdadeira estrela do meu governo", escreveu Trump em sua conta pessoal no Twitter.
Após um suspense de dez minutos, o presidente revelou que Priebus estava saindo do governo. "Quero agradecer Reince Priebus por seu serviço e sua dedicação a esse país. Conseguimos muita coisa juntos e tenho orgulho dele!", disse.
A tensão entre Priebus e Scaramucci já era grande desde antes da nomeação deste último. Na semana passada, contudo, o novo diretor de Comunicação disse aos jornalistas que os dois eram "um pouco como irmãos".
"Nós nos estranhamos um pouco, mas é algo totalmente normal para irmãos. Ele é um bom amigo", disse Scaramucci, em entrevista coletiva no dia 21.
A mudança se dá também na sequência de uma derrota importante do governo no Congresso. Na madrugada de sexta, três senadores republicanos votaram contra a última proposta para substituir o Obamacare, inviabilizando o projeto.
Ainda não está claro o que acontecerá com a chefia do Departamento de Segurança Doméstica.