Folha de S. Paulo


Rússia reage a sanções e ordena saída de diplomatas americanos

Alexander Nemenov - 30.dez.2016/AFP
(FILES) This file photo taken on December 30, 2016 shows Russian policemen standing guard in front of the US Embassy in Moscow. Russia's foreign ministry announced, on July 28, 2017, counter measures in response to tough new sanctions proposed by the United States, ordering Washington to reduce its diplomatic staff. Moscow ordered the US to reduce its diplomatic presence in Russia to 455 diplomats and staff and also barred it from using a Moscow summer house and storage facility. / AFP PHOTO / Alexander NEMENOV
Policiais russos protegem a embaixada americana em Moscou, em foto de dezembro

A Rússia confiscou duas propriedades diplomáticas dos Estados Unidos e ordenou a redução do pessoal da embaixada do país em Moscou nesta sexta-feira (28) em resposta às novas sanções aprovadas pelo Congresso americano.

"Os EUA teimam em tomar uma ação toscamente antirrussa atrás da outra, usando o pretexto completamente fictício de que a Rússia interferiu em seus assuntos internos", disse a chancelaria de Moscou em nota.

Senadores dos EUA aprovaram na véspera por ampla margem um projeto que pune a Rússia pelas acusações de interferência na eleição de 2016 e pela intervenção na Ucrânia.

O texto, que segue para apreciação do presidente Donald Trump, também inclui sanções contra Irã e Coreia do Norte. Além disso, o projeto limita a capacidade do Executivo de afrouxar as sanções à revelia do Congresso.

Embora Trump defenda o distensionamento das relações com Moscou, assessores da Casa Branca avaliam que o mandatário não terá alternativa a não ser aprovar as sanções.

Como a medida tem apoio de democratas e republicanos, o Congresso teria a maioria de dois terços de votos necessários para derrubar um eventual veto presidencial.

Em dezembro, o governo de Barack Obama já havia decretado sanções contra a Rússia e expulsado 35 diplomatas do país após os serviços de inteligência concluírem que o presidente russo, Vladimir Putin, havia ordenado ciberataques contra alvos do Partido Democrata na corrida eleitoral. O Kremlin nega as acusações.

Com as medidas retaliatórias tomadas nesta sexta-feira, o total de funcionários americanos na embaixada em Moscou deverá ser reduzido a partir de 1º de setembro a 455, o mesmo número de agentes russos em Washington.

As tensões diplomáticas entre Washington e Moscou ocorrem em meio às investigações do FBI (polícia federal americana) e do Congresso sobre os indícios de que auxiliares de Trump fizeram conluio com autoridades da Rússia durante a campanha.


Endereço da página:

Links no texto: