Folha de S. Paulo


Senado dos EUA aprova novas sanções contra Rússia, Coreia do Norte e Irã

O Senado aprovou nesta quinta (27), por 98 votos a 2, um pacote de sanções contra a Rússia, a Coreia do Norte e o Irã, que colocará o presidente Donald Trump numa saia justa sobre a decisão de vetar ou não o texto.

As sanções também tinham sido aprovadas na Câmara por uma maioria esmagadora –419 votos contra três.

A Casa Branca não confirmou se Trump assinará o texto. Na manhã de quinta, o novo diretor de Comunicação da Casa Branca, Anthony Scaramucci, sugeriu que o presidente poderia vetar o texto.

"Ele pode assinar as sanções exatamente do jeito que elas são ou pode vetá-las e negociar um acordo ainda mais duro contra os russos", disse à rede CNN.

Além das sanções, o texto limita os poderes do presidente de rever as medidas restritivas contra Moscou. Ele prevê que Trump seja obrigado a enviar ao Congresso um relatório com propostas de ações que possam "alterar significativamente" a política externa americana em relação a Moscou, incluindo rever sanções e restabelecer o acesso russo às duas instalações do governo do país, em Maryland e em Nova York, suspenso pelo governo Obama.

O Congresso então teria uma "janela" de 30 dias para bloquear qualquer uma dessas ações.

Integrantes do governo já vinham criticando a proposta por não dar a "flexibilidade" que Trump precisa para uma relação mais próxima com a Rússia.

Há indícios de que membros da campanha de Trump possam ter discutido o alívio dos embargos já existentes com integrantes do governo russo.

O ex-conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, caiu justamente depois que foi revelado que ele teria falado sobre sanções com o então embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, antes mesmo da posse Trump. Segundo a Casa Branca, ele não teria revelado a seus superiores o conteúdo da conversa.

Trump, contudo, teria dito ao ex-diretor do FBI (polícia federal americana) James Comey "esperar que ele deixasse de lado" a investigação sobre Flynn. Comey seria demitido pelo presidente meses depois.


Endereço da página:

Links no texto: