Folha de S. Paulo


Novatos, Macron e Trump repetem Temer e ficam no canto de foto do G20

Axel Schmidt/Reuters
Presidente brasileiro Michel Temer posa para foto oficial ao lado dos líderes dos países do G20, em Hamburgo, na Alemanha
Líderes mundiais posam para foto oficial da cúpula do G20

O retrato dos líderes mundiais na cúpula do G20, feito nesta sexta-feira (7), é conhecido oficialmente como "foto de família". Mas não é exatamente como a imagem que você faz na reunião de domingo com seus parentes.

A fotografia do G20 inclui os chefes das principais economias do mundo, e a posição de cada governante é meticulosamente planejada.

O presidente do Brasil, Michel Temer, aparece na primeira fileira, no canto –é o segundo da direita à esquerda. Na extremidade oposta estão o presidente francês, Emmanuel Macron, e o norte-americano Donald Trump.

Segundo o protocolo, chefes de Estado, como presidentes e reis, ocupam a primeira fileira. Líderes de governo, como premiês e chanceleres, aparecem atrás, e por fim os representantes de organismos internacionais.

A hierarquia dentro das fileiras respeita o tempo que cada pessoa passou em seu cargo. Os países que organizaram o evento anterior e o seguinte aparecem ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, que é a anfitriã e, portanto, ocupa o centro.

Havia alguma ansiedade neste ano em relação à posição do presidente Trump, que não estaria contente com a posição no canto –o republicano empurrou o premiê de Montenegro em maio durante uma cúpula da Otan (aliança militar ocidental). Mas o protocolo foi mantido.

Em outras ocasiões, as regras foram dobradas para evitar conflitos. Um exemplo foi o jantar entre o ex-presidente americano Barack Obama e o russo Vladimir Putin em São Petesburgo em 2013.

Em desavença devido à Síria, eles inicialmente se sentariam com apenas uma pessoa no meio, o rei saudita. O evento reorganizou as cadeiras e afastou os dois rivais.

Na cúpula do G20 de 2016, pouco tempo após Temer assumir a Presidência, o presidente também ficou no canto da foto, o que gerou insinuações sobre uma possível marginalização do brasileiro por conta do impeachment de Dilma Rousseff.

Desde então, entretanto, tem sido informado que a posição dele havia sido determinada pelo protocolo da cúpula, o que se confirmou no encontro deste ano.


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