Folha de S. Paulo


Com viagem de última hora, Temer é esquecido em programa do G20

Diogo Bercito/Folhapress
O folheto com o programa oficial pra imprensa do G20 lista o ministro Henrique Meirelles como representante brasileiro
O programa de imprensa da cúpula do G20, que não inclui o presidente do Brasil, Michel Temer

O programa de imprensa da cúpula do G20 distribuído a jornalistas nesta quinta-feira (6) não inclui o presidente brasileiro, Michel Temer, que chega em Hamburgo na madrugada de sexta (7) para participar do encontro com os líderes das principais economias do mundo.

Aparece em seu lugar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao lado de presidentes como o argentino Mauricio Macri e o russo Vladimir Putin. A Arábia Saudita é o único outro país além do Brasil representado por um ministro, Ibrahim Abdulaziz al-Assaf, que substitui o rei Salman. Assaf não aparece identificado por uma fotografia no folheto.

A ausência de Temer é explicada por sua decisão inicial de não participar da cúpula para se dedicar aos trâmites da reforma trabalhista.

Ele voltou atrás no início da semana e confirmou a participação no evento, que se encerra no sábado à tarde, quando ele volta a Brasília.

A viagem coincide com a ofensiva do governo para barrar na Câmara dos Deputados a denúncia de corrupção passiva contra ele.

Mas, apesar de ter sido mantida, a vinda deve ser mais curta do que o inicialmente previsto. Havia planos de uma passagem por Berlim para uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, agora abandonados.

Em Hamburgo, Temer vai encabeçar a comitiva brasileira na reunião dos líderes das principais economias. Sua equipe tem cerca de 15 pessoas, incluindo embaixadores, assessores do Ministério da Fazenda, assessoria internacional e cerimonial.

De seu gabinete, estão previstos Meirelles e o chanceler Aloysio Nunes.

O programa no site e no aplicativo da cúpula foi corrigido e inclui o nome de Temer.

Pedro Ladeira - 20.mai.2017/Folhapress
O presidente Michel Temer, em pronunciamento em Brasília
Michel Temer durante pronunciamento em Brasília, em maio

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