Folha de S. Paulo


Polícia filipina usa hospitais para ocultar mortes na guerra às drogas

Os residentes do bairro Old Balara se esconderam em suas casas quando um tiroteio irrompeu em sua região de Manila, capital das Filipinas, em setembro do ano passado. Não foram testemunhas da operação policial que matou sete suspeitos de envolvimento com drogas, naquela noite.

Mas viram as sangrentas consequências, e a lembrança ainda os aflige.

Herlina Alim disse que, naquela noite, viu a polícia retirando os corpos das vítimas, deixando trilhas de sangue. "Eles foram arrastados pelo beco, como porcos", ela relatou. Lenlen Magano, vizinha de Alim, disse ter visto três corpos, imóveis, com os rostos para baixo, empilhados no extremo do beco, enquanto policiais os circulavam calmamente.

Demorou pelo menos uma hora para que as vítimas fossem jogadas em um caminhão e levadas a um hospital –em um esforço por salvar suas vidas, de acordo com um relatório da polícia.

O chefe do distrito, o líder eleito de Old Balara, contou à Reuters que isso o deixa perplexo. Os homens já estavam mortos, disse Allan Franza; Por que levá-los ao hospital?

Uma análise de dados sobre crimes de dois dos cinco distritos policiais metropolitanos de Manila, e entrevistas com médicos, policiais, funcionários da Justiça e familiares de vítimas, apontam para uma resposta: a polícia envia cadáveres aos hospitais para destruir provas nos locais de crimes e ocultar o fato de que está assassinando suspeitos de envolvimento com drogas.

Milhares de pessoas foram mortas desde que o presidente filipino Rodrigo Duterte assumiu, em 30 de junho do ano passado, e declarou guerra contra o que define como "a ameaça das drogas". Entre elas estão as sete vítimas mortas em Old Balara, que foram declaradas mortas ao chegar, pelo hospital.

Uma análise da Reuters sobre relatórios policiais dos oito primeiros meses da guerra contra as drogas revelou centenas de casos como o de Old Balara. No distrito policial da cidade de Quezon e no vizinho distrito policial de Manila, 301 vítimas foram conduzidas a hospitais depois de operações antidrogas da polícia. Apenas duas delas sobreviveram. Todas as demais foram declaradas mortas ao chegar.

Os dados também mostram aumento acentuado, a cada mês, no número de suspeitos de envolvimento com drogas que foram declarados mortos ao chegar nos hospitais dos dois distritos.

Em julho de 2016, quando começou a guerra contra as drogas, houve 10 casos, o equivalente a 13% do total de pessoas mortas a tiros pela polícia no período. Em janeiro de 2017, o total havia subido para 85 casos, ou 85% do total. Os totais cresceram apesar da condenação nacional e internacional à campanha de Duterte.

Essa alta não foi coincidência, disse um comandante da polícia em Manila, que falou à Reuters sob a condição de que seu nome não fosse mencionado. No final de 2016, ele disse, a polícia começou a enviar vítimas aos hospitais para evitar investigações nas cenas de crime e atenção da mídia, que poderiam demonstrar que os policiais estavam matando suspeitos.

Uma investigação da Reuters no ano passado constatou que, quando a polícia abre fogo em operações de combate às drogas, causa a morte de 97% das pessoas contra as quais dispara.

O oficial da polícia de Manila disse que a polícia confia em que os médicos dos prontos-socorros estejam ocupados demais com os pacientes para que se incomodem com o motivo para que tenham sido alvo de tiros. Os médicos "não fazem perguntas. Só registram que o paciente chegou morto", ele disse.

Mas cinco médicos disseram à Reuters que estavam incomodados com o número crescente de casos de pacientes considerados como mortos ao chegar por conta de ações policiais.

Quatro deles disseram que muitos suspeitos de envolvimento com drogas levados aos hospitais haviam recebido tiros na cabeça e coração –disparos precisos que tornam impossível que a vítima sobreviva, o que contraria as afirmações policiais de que os suspeitos estão sendo feridos em tiroteios caóticos.

Oscar Albayalde, chefe da polícia metropolitana de Manila, disse que jamais ouviu dizer que policiais levaram suspeitos mortos ao hospital para evitar investigação de cenas de crime.

"Vamos investigar essa afirmação", ele disse à Reuters. Caso a investigação demonstre que a polícia estava "transportando os mortos deliberadamente aos hospitais só para manipular provas, teremos de fazer com que os responsáveis se expliquem".

O gabinete de Duterte se recusou a acrescentar comentários sobre a resposta de Albayalde às perguntas da Reuters.

De acordo com relatórios policiais sobre os incidentes, os suspeitos mortos por disparos durante operações policiais foram "conduzidos imediatamente" ao hospital.

"O mais importante é a vida da pessoa", disse Randy Llanderal, comandante de uma delegacia de polícia em Quezon. Os relatórios policiais revisados pela Reuters mostram que Llanderal liderou ou participou de operações nas quais 13 suspeitos de envolvimento com drogas terminaram mortos.

Llanderal disse que todos os suspeitos foram alvo de disparos porque atiraram primeiro, durante operações legítimas da polícia.

O oficial da polícia de Manila que falou sob a condição de sigilo, um oficial sênior já aposentado e alguns médicos acreditam que haja um acobertamento em curso.

Hospitalizar os suspeitos de envolvimento com drogas que tenham sido vitimas de tiros permite que a polícia projete um a imagem mais civilizada, disse o policial de Manila.

Seu colega aposentado concorda. "É basicamente um truque para levar o público a acreditar que a polícia se preocupa com a segurança e a sobrevivência dos suspeitos", ele disse, falando sob a condição de que seu nome não fosse mencionado.

O oficial da polícia de Manilaa disse que seus subordinados haviam sido instruídos a disparar contra "áreas sensíveis". Os suspeitos que sobrevivessem a esses disparos recebiam novos tiros, para liquidá-los, ou eram sufocados com suas próprias roupas, ele disse.

Um exame pela Reuters do incidente de Old Balara e operações semelhantes sugere também que o propósito de levar as vítimas ao hospital era destruir provas e não salvar vidas. Policiais maltrataram vítimas de tiros e não mostraram qualquer urgência em obter tratamento médico para elas, disseram três grupos de familiares de vítimas e outras testemunhas.

Remover os corpos torna mais difícil determinar o que realmente aconteceu. "Você oblitera a cena do crime –as provas", disse Rizaldy Rivera, agente do Serviço Nacional de Investigações das Filipinas que trabalhou em investigações sobre brutalidade policial.

Os investigadores forenses da polícia nas cenas de crime, disse Rivera, precisam executar seu trabalho naquilo que na prática constitui "uma cena de crime adulterada".

As equipes forenses da polícia recolhem evidências e conduzem autópsias. Aurelio Trampe, o general de polícia que comanda o laboratório criminal filipino, disse que os policiais não estão removendo corpos para adulterar cenas de crime. Ele disse que a polícia está autorizada a desconsiderar os procedimentos forenses "se isso significa que vidas poderão ser salvas".

Os investigadores forenses ainda podem recolher evidências dos corpos quando eles chegam ao hospital, mas nem sempre o fazem. Em lugar disso, disse Reynaldo Calaoa, o investigador forense chefe das Filipinas, a tarefa cabe ao investigador encarregado do caso. Esses investigador em muitos casos serve na mesma delegacia em que os colegas que mataram o suspeito.

Essas práticas podem expor o sistema a abusos, disse Raquel Del Rosario Fortun, cientista forense independente e diretora do departamento de patologia da Universidade das Filipinas em Manila.

"Eles dão os tiros, eles causam as mortes –e eles investigam o que fizeram", disse a cientista. "Impunidade, é isso que está acontecendo".

CORPOS FRIOS

Old Balara é parte de Quezon, a maior das 17 cidades e municípios que formam a região metropolitana de Manila, e a cidade mais populosa das Filipinas.

Franza, o chefe do distrito de Old Balara, disse que a polícia insistia em que os seguranças voluntários que trabalham para ele levassem as vítimas das operações de guerra contra as drogas aos hospitais –mesmo quando era evidente que estavam mortas.

Por ele ter ajudado a polícia a transportar as vítimas, familiares dos mortos o acusaram, e ao seu pessoal, de cumplicidade nas mortes, disse Franza.

Em março, Franza decidiu dar o basta. Continuaremos respondendo aos chamados da polícia, ele disse ao seu pessoal, mas não levaremos corpos ao hospital sem autorização dos investigadores forenses. "Decidi que não realizaria mais ações que considero impróprias", disse Franza.

As sete vítimas de Old Balara chegaram ao Centro Médico Avenida Leste empilhadas na caçamba de um caminhão e em outro veículo, disse Jerome Paez, um médico que estava de serviço no pronto-socorro naquela noite. A maioria havia recebido tiros na cabeça e muitas também mostravam sinais de múltiplos tiros no peito. Nenhuma estava respirando ou tinha pulso.

"Todos os corpos chegaram frios ao tato", disse Paez, que já trabalhou em 21 casos de vítimas suspeitas de envolvimento com drogas declaradas mortas ao chegar.

O pronto-socorro do Hospital Geral de Quezon, a 15 minutos de distância, havia recusado admitir as vítimas, porque já estavam mortas, segundo Franza. O hospital diz não ter registro sobre a chegada de pacientes de Old Balara naquela noite.

Os corpos de Old Balara já estavam no necrotério do Centro Médico Avenida Leste quando a mãe de uma das vítimas, Elmer Gayoso, chegou ao local. Ela pediu que a Reuters não mencionasse seu nome, dizendo temer represálias policiais.

Gayoso recebeu tiros na cabeça e no coração, ela disse, e o seu rosto foi destruído por um disparo. Ela disse que o marido havia identificado o corpo por meio de cicatrizes de infância conhecidas da família. Os ferimentos eram tão graves que ela não acredita que a polícia tenha levado Gayoso ao hospital para salvar sua vida.

"Foi só um pretexto", ela disse, chorando.

As mortes também incomodaram Paez, o médico do pronto-socorro. "Documentamos tudo, caso haja necessidade para uma futura investigação", ele disse.

Mesmo que os médicos do Centro Médico Avenida Leste suspeitem que um paciente chegou morto, o protocolo hospitalar requer que eles tentem ressuscitação, disse Paez. Isso é dispendioso e um desperdício, em um grande hospital público lotado de pacientes.

Em uma recente visita da Reuters, havia velhos usando máscaras de oxigênio deitados imóveis em macas nos corredores. Novos pacientes chegavam em intervalos de poucos minutos.

Perguntado sobre o número de suspeitos de envolvimento com drogas que chegam mortos ao hospital, a diretora interina do Centro Médico Avenida Leste, Victoria Abesamis, disse que "não posso afirmar categoricamente que a polícia esteja trazendo corpos já mortos porque deseja encobrir alguma coisa. Acho que é melhor lhes dar o benefício da dúvida".

Romeo Ranoco/Reuters
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, verifica rifle de franco-atirador em cerimônia de renovação da assistência militar da China, na cidade de Angeles
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte

ATIRADOR TREINADO

Lawrence Bello e três outros médicos do Centro Médico Avenida Leste entrevistados pela Reuters também expressaram desconforto quanto a atender pacientes que chegam mortos ao hospital como resultado de operações policiais.

Bello disse que a polícia em alguns casos trazia corpos que já revelavam sinais de rigor mortis, uma condição que surge horas depois da morte. O hospital recebe dois ou três corpos nessa condição a cada mês, segundo ele.

Bello já lidou com 20 casos nos quais suspeitos estavam mortos ao chegar como decorrência de uma operação policial, de acordo com dados do distrito policial de Quezon. Um desses pacientes mostrava sinais de um único tiro. A bala penetrou abaixo do queixo e saiu pelo topo da cabeça. Bello afirmou ter considerado o ferimento como "altamente questionável".

Esse tipo de ferimento em geral é associado a vítimas de suicídio ou de disparos a queima-roupa, disse Homer Venters, do grupo Médicos pelos Direitos Humanos, uma organização nova-iorquina que investiga atrocidades em massa. "É difícil que isso aconteça se a vítima não estiver plenamente subjugada", ele disse. Venters não examinou o corpo a que Bello se referiu.

Patel Mayuga, outro médico do pronto-socorro do Centro Médico Avenida Leste, pronunciou 10 vítimas de ações policiais como mortas ao chegar, de acordo com dados do distrito policial de Quezon.

Suspeitos mortos ao chegar em geral exibem "tiros limpos" na testa ou peito, o que sugere que as mortes são intencionais, disse Mayuga. "Se o tiro atingiu a testa ou peito, isso significa que o atirador teve tempo de se preparar", afirmou o médico.

Muitos outros suspeitos de envolvimento com drogas levados a hospitais de Quezon pela polícia mostravam sinais de disparos na cabeça e coração, muitos vezes de uma distância inferior a um metro, disseram quatro médicos à Reuters.

Em uma noite de janeiro, a polícia levou cinco corpos em um micro-ônibus ao Hospital Distrital de Novaliches, uma instituição estatal em Quezon. O piso do micro-ônibus estava saturado de sangue e excrementos das vítimas, recorda Lawrence Laguno, o médico que estava de plantão no pronto-socorro.

De acordo com a polícia, as vítimas haviam todas sacado armas e disparado contra policiais infiltrados, em uma operação antidrogas. Elas erraram, e a polícia respondeu aos disparos.

"Todos os suspeitos foram seriamente feridos", segundo o relatório policial. "Em seguida, os suspeitos feridos foram conduzidos às pressas para o Hospital Distrital de Novaliches, mas foram considerados mortos ao chegar pelo médico responsável, Dr. Lawrence Laguno."

Laguno disse à Reuters que os cinco homens haviam recebido tiros na cabeça e no peito, e que os ferimentos de entrada e saída eram praticamente idênticos –disparos que ele interpretou como deliberados e aos quais sobreviver seria impossível.

"É incomum receber cinco pacientes com praticamente os mesmos ferimentos", disse o médico. "Foi um atirador treinado. Eles sabiam o que estavam fazendo".

Venters, da Médicos pelos Direitos Humanos, disse que é "incrivelmente raro" que ferimentos sejam agrupados com alta precisão em um tiroteio. Venters é médico e comandou pesquisas e investigações sobre execuções extrajudiciais.

Quando balas entram em um corpo vindas da mesma direção e plano, isso mostra que a vítima não estava se movimentando, segundo ele. "Ou foram apanhadas de surpresa e atacadas a tiros ou foram subjugadas e atacadas a tiros".

Willie Saludares, diretor interino do pronto-socorro do Centro Médico Avenida Leste, disse que os médicos não conduziram novas investigações sobre os casos questionáveis porque descobrir de que forma alguém foi morto não é assunto deles.

"Lamento se isso causa uma impressão de frieza, mas é assim que as coisas são", ele disse. "Só o que me preocupa é a saúde de um paciente. Não faço trabalho investigativo".

E aparentemente ninguém mais o faz. Saludares disse que as agências estatais que investigam mortes causadas pela polícia, como a Comissão de Direitos Humanos e o Serviço Nacional de Investigação, não o entrevistaram. Saludares também disse que falar sobre o assunto o incomodava, e que tinha medo de perder o emprego.

Chito Gascon, presidente da Comissão de Direitos Humanos das Filipinas, disse que se casos específicos fossem encaminhados à organização, seus investigadores trabalhariam neles e buscariam o depoimento dos médicos. Mas acrescentou que a comissão está sobrecarregada.

"Dadas as limitações atuais em sua capacidade, a comissão só é capaz de investigar e documentar uma fração das mortes reportadas pela mídia", ele disse.

O Serviço Nacional de Investigação não comentou.

"NÃO ESTAVAM RESPIRANDO"

A polícia diz que não atira para matar e que salvar vidas é fundamental. Mas 17 testemunhas entrevistadas pela Reuters dizem que o comportamento dos policiais em cenas de crime sugere o oposto.

Em setembro, em um bairro chamado Nagkaisang Nayon, o comandante da delegacia local, Llanderal, liderou uma operação que resultou em mais seis suspeitos mortos ao chegar, na contagem de vítimas de Quezon.

De acordo com o relatório policial, os suspeitos –cinco homens e uma mulher– abriram fogo contra policiais infiltrados que estavam se passando por traficantes de drogas. Eles erraram, e os policiais responderam aos disparos.

"Quando a fumaça se dissipou", o relatório afirma, "todos os suspeitos haviam recebido ferimentos. Imediatamente depois, eles foram transportados às pressas para o Hospital Distrital de Novaliches mas [foram] declarados mortos ao chegar". Nenhum dos policiais se feriu.

Llanderal reconheceu que remover os corpos adulterou a cena de crime, mas insistiu em que os suspeitos estavam vivos. "Eles ainda estavam se mexendo. Todos eles!", disse.

Os parentes das vítimas e outras testemunhas disseram à Reuters que os corpos foram levados ao hospital uma hora ou mais depois dos tiros, e que nenhuma das vítimas mostrava sinais de vida. "Eles não estavam se mexendo", disse Feliciano Dela Cruz, o chefe de distrito local.

"Não é possível que estivessem vivos", disse Jocelyn Ceron, 47, cujo marido, Ronaldo, foi uma das vítimas fatais. "Nós vimos quando seus corpos foram jogados na caçamba de um caminhão."

Ceron disse que o corpo de seu marido tinha seis ferimentos por bala –três no peito ou torso, um na perna e um em cada mão. Parentes disseram que cada um dos demais corpos mostrava marcas de pelo menos seis tiros. Ceron mostrou à Reuters fotos da cena do crime.

Llanderal confirmou que as fotos foram tiradas por investigadores da polícia logo depois da operação. Uma foto mostra uma mulher caída com o rosto para baixo em um beco manchado de sangue. Outras mostram um quartinho com cinco homens empilhados no chão, manchados de sangue. Há duas armas claramente visíveis.

A Reuters mostrou as fotos a Fortun, a cientista forense independente. "Com base nas fotos, eles parecem estar muito mortos", disse Fortun sobre as seis vítimas.

A presença de tantos corpos em um quartinho "não parece compatível" com as afirmações policiais de que os suspeitos foram atingidos por tiros ao fugir de um combate com armas de fogo, ela acrescentou.

Os parentes de Ronaldo Ceron acreditam que ele e as demais vítimas tenham sido executados pela polícia a sangue frio. Uma vizinha chamada Maricol Amacna disse ter ouvido um dos homens implorando: "Não me mate, senhor". A Comissão de Direitos Humanos filipinas diz estar investigando as mortes.

A polícia descartou as acusações de que agiu indevidamente como "inúteis e infundadas", e condecorou Llanderal e seus homens pela "extraordinária coragem demonstrada em uma operação bem sucedida... que resultou na neutralização" dos suspeitos.

Llanderal nega ter executado suspeitos de envolvimento com drogas. "Em operações policiais, não sabemos onde as balas podem ir", ele disse. "Alguns suspeitos retaliam, nos atacam. Só estamos nos defendendo".

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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