Folha de S. Paulo


Coreia do Norte nega ter torturado estudante americano

Kyodo/Reuters
Otto Warmbier é levado à Suprema Corte da Coreia do Norte, em Pyongyang, em março de 2016
Otto Warmbier é levado à Suprema Corte da Coreia do Norte, em Pyongyang, em março de 2016

O governo da Coreia do Norte negou nesta sexta-feira (23) ter torturado ou maltratado na prisão o estudante americano Otto Warmbier, que morreu após ter sido liberado por Pyongyang em estado de coma, e acusa Washington de organizar uma "campanha difamatória".

Essa é a primeira reação da Coreia do Norte ao anúncio da morte, ocorrida na segunda-feira nos Estados Unidos, do estudante de 22 anos repatriado no dia 13 de junho em coma.

O jovem havia sido condenado na Coreia do Norte a 15 anos de trabalhos forçados pelo roubo de um cartaz de propaganda.

"Nossas agências competentes tratam todos os criminosos (...) dentro do respeito das leis nacionais e dos parâmetros internacionais", afirmou um porta-voz do Conselho para a Reconciliação Nacional, segundo a agência norte-coreana KCNA.

O porta-voz do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela imprensa estatal, acusou Washington de organizar uma "campanha difamatória" contra o país.

O presidente americano Donald Trump chamou o que aconteceu com o estudante de "escândalo".

A Coreia do Sul atribuiu a morte de Warmbier ao regime "irracional" de Pyongyang, que acusa Seul de usar o falecimento do jovem para tentar obter a libertação de seis presos sul-coreanos.

"Não têm a mínima ideia de como Warmbier foi bem tratado (...) mas se atrevem a pronunciar as palavras 'maus-tratos' e 'tortura'", disse o porta-voz do Conselho para a Reconciliação Nacional.


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