Folha de S. Paulo


Sudão do Sul deixa fome para trás, mas situação ainda é grave, diz ONU

Albert Gonzalez Farran - 4.mar.2017/AFP
A woman carries a sack of food on March 4, 2017, in a stabilisation center in Ganyiel, Panyijiar county, in South Sudan. South Sudan was declared the site of the world's first famine in six years, affecting about 100,000 people. More than three years of conflict have disrupted farming, destroyed food stores and forced people to flee recurring attacks. Food shipments have been deliberately blocked and aid workers have been targeted. / AFP PHOTO / Albert Gonzalez Farran - AFP / Albert Gonzalez Farran
Mulher carrega saco de comida em centro de apoio em Ganyiel, no Sudão do Sul

O Sudão do Sul deixou para trás a crise de fome, embora 45 mil pessoas nos Estados de Jonglei e Unidade ainda permaneçam em situação crítica, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (21) por agentes do governo e da Organização das Nações Unidas.

O relatório também informa que cerca de 6 milhões de pessoas, metade da população do país, devem enfrentar insegurança alimentar pelos próximos meses.

Sudao do sul

"Embora tenhamos tirado [a fome] da mesa, temos mais pessoas do que nunca no estágio 4 [logo antes da fome]", declarou Joyce Luma, diretora do Programa Mundial de Fome para o país. "Se não dermos assistência a esta população, 1,7 milhão de pessoas em breve passará fome."

A fome é declarada quando três condições são verificadas em um mesmo lugar: ao menos 20% da população enfrenta escassez de comida, ao menos 30% das crianças com menos de cinco anos sofrem de desnutrição e a taxa de mortalidade é o dobro do normal.

Em fevereiro, o Sudão do Sul declarou situação de fome em partes do país, que enfrenta uma guerra civil que já dura três anos.


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