Folha de S. Paulo


Senado dos EUA aprova sanções contra a Rússia por interferência em eleição

O Senado dos EUA votou esmagadoramente nesta quarta-feira (14) pelo estabelecimento de novas sanções contra a Rússia pela sua intromissão na eleição americana de 2016 e por ações na Ucrânia e na Síria.

As punições, redigidas como uma emenda a uma lei de sanções contra o Irã, foram aprovadas por 97 votos a 2. Por meio delas, pretende-se punir a Rússia por ações como a tentativa de intromissão na eleição americana, a anexação da região da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, e o apoio ao regime do ditador Bashar al-Assad na guerra da Síria.

Natalia Kolesnikova/Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante cerimônia no Kremlin, em Moscou
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante cerimônia no Kremlin, em Moscou

As sanções foram aprovadas em meio a investigações conduzidas pelo Senado americano e pelo FBI (polícia federal americana) sobre possíveis conexões entre membros da equipe de campanha do presidente Donald Trump e Moscou. Nesta terça, o secretário de Justiça, Jeff Sessions, depôs no Comitê de Inteligência do Senado e negou qualquer acusação de que ele tenha participado em um conluio com a Rússia para interferir nas eleições de 2016.

Moscou nega qualquer ação dessa natureza.

Para entrar em vigor, as sanções também precisam ser aprovadas pela Câmara dos Deputados e ser assinada por Trump. Se o presidente se opuser, porém, partidários têm dito que esperam ter suficiente apoio no Congresso para anular seu veto.

"Hoje o Senado finalmente confrontou a Rússia por interferir nas nossas eleições. Essa emenda bipartidária é o regime de sanções que o Kremlin merece por suas ações", disse a senadora democrata Jeanne Shaheen, líder do empurrão para a legislação.

Os únicos dois votos "não" no projeto de lei da Rússia foram dos senadores republicanos Mike Lee e Rand Paul.


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