A Casa Branca negou os rumores de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, queira demitir Robert Mueller, conselheiro especial que supervisiona as investigações do FBI (polícia federal americana) sobre os indícios de conluio entre assessores do republicano e autoridades russas durante a eleição de 2016.
"Embora o presidente tenha o direito [de demitir Mueller], ele não tem intenção de fazer isso", afirmou na terça-feira (13) à noite Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca.
As especulações sobre a demissão de Mueller começaram após Christopher Ruddy, amigo de Trump e executivo-chefe da Newsmax Media, e dizer à rede PBS, após visita à Casa Branca, que o republicano estava "cogitando" demitir o conselheiro especial.
Funcionários da Casa Branca disseram que Ruddy não se reuniu diretamente com Trump enquanto esteve lá e que o assunto não foi discutido com o presidente.
Demitir Mueller seria uma medida politicamente explosiva que levantaria novas indagações sobre Trump, cuja demissão repentina de James Comey da direção do FBI provocou acusações de obstrução da Justiça e levou à nomeação de Mueller.
Sob as regras do Departamento de Justiça, Trump aparentemente teria de ordenar ao vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, para rescindir os regulamentos do departamento que protegem o conselheiro jurídico de ser demitido sem bons motivos, para então demitir Mueller.
Na terça, Rosenstein disse que as especulações sobre a demissão de Mueller deveriam ser deixadas "de lado".
Mueller atuou como diretor do FBI de 2001 a 2013, sob governos democratas e republicanos. É visto como confiável e apegado às leis. Embora o indicado vá se reportar ao Departamento de Justiça e, em última instância, a Trump, a expectativa é que tenha autonomia para exercer a supervisão do inquérito.