Folha de S. Paulo


Ataque com homens-bomba mata 9 em campo no norte de Camarões

Um ataque com dois homens-bomba deixou ao menos nove mortos e 30 feridos nesta sexta-feira (2) próximo a um campo em Kolofata, no norte de Camarões, que serve de abrigo para civis deslocados pela atuação da milícia terrorista nigeriana Boko Haram.

De acordo com as autoridades locais, os homens-bomba se infiltraram de madrugada na cidade, localizada a 10 km da fronteira com a Nigéria, fingindo ser refugiados antes de se explodirem.

"Foi insuportável. As pessoas estavam gritando, outras estavam gemendo. Foi um horror total", disse um policial que testemunhou as explosões.

14.ago.2016/AFP
TOPSHOT - This video grab image created on August 14, 2016 taken from a video released on youtube purportedly by Islamist group Boko Haram showing what is claimed to be one of the groups fighters at an undisclosed location standing in front of girls allegedly kidnapped from Chibok in April 2014. Boko Haram on August 14, 2016 released a video of the girls allegedly kidnapped from Chibok in April 2014, showing some who are still alive and claiming others died in air strikes. The video is the latest release from embattled Boko Haram leader Abubakar Shekau, who earlier this month denied claims that he had been replaced as the leader of the jihadist group. / AFP PHOTO / HO / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT
Captura de vídeo mostra combatente do Boko Haram com meninas sequestradas
Raio-x Nigéria

Outros relatos do atentado contam que os homens-bomba eram, na verdade, meninas. O Boko Haram é conhecido por sequestrar meninas e utilizá-las em ataques terroristas.

O norte de Camarões foi afetado nos últimos anos pela violência ligada ao grupo, que mantém uma insurgência na Nigéria e pretende criar um califado na região. Em 2015, os extremistas juraram lealdade à organização terrorista Estado Islâmico, que controla territórios na Síria e no Iraque.

Desde 2009, a insurgência do Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é proibida", deixou ao menos 20 mil mortos e forçou mais de dois milhão de pessoas a deixarem suas casas na região.

Países vizinhos da Nigéria, como Camarões, Chade e Níger, vem contribuindo com o combate aos extremistas.


Endereço da página:

Links no texto: