Folha de S. Paulo


Chelsea Manning, presa por vazar dados ao Wikileaks, é liberada

Gary Cameron/Reuters
O soldado Bradley Manning deixa a corte marcial em que é julgado após comparecer a sessão, em Fort Meade - Foto do soldado Bradley Manning vestido de mulher; defesa diz que imagem do delator do WikiLeaks foi entregue a terapeuta
Chelsea Manning, ainda indentificada como Bradley (à esq), e vestida de mulher em foto de 2010

Após passar sete anos na prisão por vazar dados das Forçar Armadas dos Estados Unidos e ter sua pena reduzida, Chelsea Manning foi libertada nesta quarta-feira (17).

Manning foi presa e 2010 e posteriormente condenada a 35 anos de prisão por vazar para o site Wikileaks documentos do Exército que ela coletou enquanto servia no Iraque. Um deles é um vídeo que mostra um helicóptero dos EUA matando vários civis em Bagdá, em 2007.

Em seus últimos dias na Presidência dos Estados Unidos, em janeiro, Barack Obama autorizou a redução de pena de Manning. A concessão de perdão e redução de pena é uma das prerrogativas presidenciais.

Manning se identifica como mulher transexual e ficou detida em uma prisão militar masculina em Fort Leavenworth, no Estado americano do Kansas. Ela tentou se suicidar duas vezes no ano passado.

"Após outros quatro meses ansiosos de espera, o dia finalmente chegou", disse Manning em nota divulgada após sua libertação. "Estou aguardando tanto! O que quer que esteja me esperando é muito mais importante que o passado. Estou descobrindo as coisas agora –o que é animador, esquisito, divertido e novo para mim."

Após sua libertação, Manning permanecerá ativa nas Forças Armadas, mas será liberada na condição de excesso de contingente enquanto espera a reversão de sua condenação em corte militar. Ela não receberá salário, mas terá acesso a tratamento de saúde.

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