Folha de S. Paulo


Putin defende diálogo com a Coreia do Norte, em vez de ameaças

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chamou nesta segunda-feira de "contraproducente e perigoso" o lançamento de um novo míssil norte-coreano, mas defendeu que a comunidade internacional tente dialogar com a Coreia do Norte, em vez de ameaçá-la.

"Somos categoricamente contra a ampliação do clube de potências nucleares, inclusive em benefício da Coreia do Norte (...) Nós somos contra e consideramos (o disparo) contraproducente, prejudicial e perigosos", afirmou Putin em uma entrevista coletiva em Pequim.

Sergei Ilnitsky/AFP
O presidente russo, Vladimir Putin, fala em entrevista coletiva no Kremlin, em Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, fala em entrevista coletiva no Kremlin, em Moscou

Mas "temos que retornar ao diálogo, parar de intimidar a Coreia do Norte e encontrar uma solução pacífica para resolver este problema", insistiu.

Pyongyang lançou no domingo um míssil balístico que percorreu 700 km antes de cair no Mar do Japão, segundo o exército da Coreia do Sul. Após o lançamento, Putin e o presidente chinês, Xi Jinping, expressaram "preocupação" com o "aumento das tensões".

Em Moscou, o ministério da Defesa indicou que o míssil, que caiu a 500 quilômetros da costa da Rússia, não representou "nenhum perigo" para o país.

REELEIÇÃO

Na mesma entrevista coletiva, Putin afirmou a que ainda é muito cedo para dizer se irá buscar a reeleição em 2018.

Perguntado se havia chegado a hora de responder a perguntas sobre sua possível reeleição. O presidente disse que ainda não.

A Rússia tem eleição presidencial marcada para 2018.


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