Folha de S. Paulo


Coreia do Norte volta a testar mísseis, em novo desafio a EUA e China

A Coreia do Norte realizou neste sábado (29) um novo teste de mísseis. Embora tenha fracassado, o lançamento foi um novo desafio do regime do ditador Kim Jong-un aos EUA e à China, sua principal aliada.

Este é o nono teste feito pelo país comunista desde a posse de Donald Trump. Segundo a Coreia do Sul, o foguete foi disparado às 6h (18h de sexta em Brasília) de Buckchang, a 98 km de Pyongyang, em direção ao mar do Japão.

KCNA - 7.mar.2017/Reuters
Foto da agência de notícias estatal KCNA mostra o lançamento de mísseis balísticos do tipo Hwasong
Foto da agência de notícias estatal KCNA mostra o lançamento de mísseis balísticos do tipo Hwasong

Os comandos militares americano e sul-coreano afirmaram que o míssil se desintegrou no ar ainda no território do país comunista. A ditadura de Kim Jong-un ainda não se pronunciou sobre o novo exercício militar.

Em uma rede social, o presidente americano disse que o norte-coreano "desrespeitou os desejos da China e de seu muito respeitado presidente", em referência ao líder chinês, Xi Jinping.

O lançamento é feito horas após o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, pedir à ONU mais sanções contra o regime e a aplicação das já existentes. Para ele, a inação poderia trazer "consequências catastróficas".

Na mesma reunião, porém, Pequim voltou a defender o diálogo. "É necessário colocar em segundo plano o debate sobre quem tomou o primeiro passo e parar de discutir quem está certo ou errado", disse o chanceler Wang Yi.

Na quinta, Trump disse ser possível "um grande, grande conflito" com a Coreia do Norte e elogiou o líder chinês por "tentar muito" controlar a Coreia do Norte.

Tensões na península coreana crescem à medida que a Coreia do Norte celebra uma série de comemorações importantes, com ambos os lados protagonizando grandes exercícios militares.

Em sinal de força, os EUA estão enviando grupo de porta-aviões USS Carl Vinson para águas na costa da península coreana, onde irá se juntar ao USS Michigan, um submarino nuclear que ancorou na Coreia do Sul na terça (25).

A Marinha da Coreia do Sul informou que irá realizar exercícios com o grupo de ataque norte-americano.


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